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Dia da criança Africana

 Dia da criança Africana

Não existe amor tão puro, tão inocente e tão verdadeiro, quanto o amor de uma criança seja de qual continente for. A sinceridade desses seres tão pequenos, porém tão iluminados é algo que não tem como se descrever, eles não se magoam, não vêem defeitos, nem mesmo a cor da pele de seus colegas, eles simplesmente amam e tem um carinho muito verdadeiro, o que na maioria das vezes, um adulto não tem pelo seu próximo. Comemora-se no dia 16 de Junho o dia da criança africana, data esta que nos remete a uma reflexão profunda.

A criança africana é toda aquela nascida em um país africano, com idades compreendidas dos 0 aos 12 anos. Oficialmente é considerado o dia da criança africana desde 1991, isto por uma manifestação numa visão pacífica que tornou-se numa tragédia, feita ao 16 de Junho de 1976, pelas crianças e adultos estudantes, na cidade de Soweto, na Africa de Sul, reivindicando os seus direitos e a aprendizagem das suas línguas maternas em vez de Inglês e do Afrikaans.

Reflecte-se numa visão da comemoração desta data, de como deveria ser comemorado, somente dançando e ouvindo músicas que no fundo nada a ver com as crianças. Deveria incutir-se os objectivos desta data, pouco se diz, promove-se somente festivais onde vê-se brincadeiras e os adultos aproveitando do dia para recordarem-se das principais brincadeiras da infância, ao contrario que seria, buscando a essência da data, o que levou a escolha desta data, qual deve ser o comportamento das crianças nos dias de hoje e o futuro a ser preparado para elas.

Parece que, ao longo do tempo, cada vez mais perde-se a cultura africana, por isso a necessidade de aumentar e cultivar o espírito africano a essas crianças, começando pelos costumes e doutrinas africanas (vestuário, linguagem, etc.). “Raramente vê-se as crianças vestidas de trajes africanas no dia-a-dia” e sentem-se receosas quanto a linguagem. Pelo menos em Cabinda, as quartas e sextas-feiras, os alunos são obrigados a usar trajes africanos, já em outros pontos de Angola, é difícil este costume.

Destaca-se aqui também o papel das escolas, para não generalizar do Ministério da Educação, sobre o aproveitamento educacional desta festividade e não somente recreativo, que é o habitual. Ou seja, nesta data e neste mês, deve-se aprofundadamente abordar sobre as razões da comemoração, incentivar a cultura africana para gerações vindouras.

Por Pedro Apolinario.

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