MUSEU DE ARQUEOLOGIA RECEBE MODERNIZAÇÃO
O Museu Nacional de Arqueologia de Benguela (MNAB) tem uma vista emblemática para a Praia Morena, cujo edifício data dos séculos XVII e XVIII, outrora um antigo depósito de escravos onde partiam para as Américas.
Hoje, este lugar de má memória alberga mais de nove mil peças de interesse histórico e arqueológico e é fonte de lendas.
O edifício ocupa um perímetro de 8 mil metros quadrados, construído de blocos de pedra calcária, possui portões e gradeamentos de ferro maciço. Depois do fim do tráfico de escravos, o edifício passou a pertencer à Alfândega de Angola.
Em 1976, neste edifício foi criado o Museu Nacional de Arqueologia de Benguela, para conservar objectos arqueológicos. Pouco tempo depois, criou-se uma equipa para pesquisa arqueológica que, sob direcção do seu fundador, o arqueólogo conservador o malogrado, Luís Pais Pinto, iniciou as investigações em todo o território nacional.
Segundo Maria Benjamim, os técnicos do MNAB foram incansáveis em trabalhar nos escombros da antiga casa, agora tem renovadas as energias positivas, pois tem um lugar onde se mantém colecções de objectos ou de produções históricas que permitem preservar a memória de várias regiões do país.
O mais importante que se deve ter em mente é que o museu é um local onde se registam fases importantes do passado, e do presente. O museu já classificou cerca de 50 estações arqueológicas para além das 16 conhecidas no país. Desde então, a actividade fundamental do museu tem sido pesquisas arqueológicas para além do atendimento ao público.
Com carteira firmada em escavação, prospecção, sondagem, inventariação, classificação, preservação e protecção, todos estes aspectos passam por metodologias previamente preparadas.
Para a directora Maria Benjamim, a reabilitação do Museu criou ansiedade para os benguelenses que ao longo dos anos olhavam para o importante monumento histórico degradado e que parecia não ter solução.