“TUNGA-NZOLA” LEVA FOLCLORE A BRAZZAVILLE
O grupo folclórico “ Tunga – Nzola”, da província de Cabinda, está desde sábado, em Brazzaville, capital da República do Congo, a realizar uma série de exibições culturais, a convite da embaixada angolana naquele país, no âmbito do centenário de António Agostinho Neto.
Na tarde de sábado, o grupo “Tunga Nzola”, composto por 15 elementos, fez a sua primeira exibição ao público, no anfiteatro da embaixada angolana, numa cerimónia em que estiveram entre outros convidados, membros do corpo diplomático acreditado no Congo, da comunidade angolana e do governo congolês.
O grupo folclórico “Tunga- Nzola”, na sua primeira aparição pública no Congo, exibiu várias músicas do seu reportório, tendo sido bastante ovacionado pelos presentes. O espectáculo visou simbolizar a abertura do programa de actividades agendadas pela Embaixada de Angola no Congo, para comemorar o centenário do Poeta Maior e primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto.
O programa de actividades agendado pela embaixada de Angola no Congo, reserva entre outras acções, a realização de um convívio com a comunidade para recordar Agostinho Neto, um colóquio com o tema “Os feitos de Agostinho Neto” e o encerramento do programa, no sábado, na cidade económica de Ponta Negra, com a deposição de uma coroa de flores junto do busto de António Agostinho Neto, no aeroporto homónimo, culminando com uma conferência sobre “A vida e obra do Poeta Maior”.
Em entrevista, ontem, ao Jornal de Angola, o embaixador de Angola no Congo Brazzaville, Vicente Muanda, afirmou que o povo congolês considera António Agostinho Neto, como um “filho”, por ser uma individualidade que viveu muito tempo naquele país, que acolheu durante décadas o MPLA, por altura da guerrilha.
Tendo em conta a dimensão de Agostinho Neto, reforçou, a embaixada está a promover um conjunto de actividades políticas e culturais com vista a dar a “possibilidade ao povo congolês e não só de partilhar connosco os feitos do António Agostinho Neto”.
“O povo congolês contínua solidário, principalmente, com o MPLA e o povo angolano”, reiterou o diplomata, que valorizou, por outro lado, a presença do grupo folclórico “Tunga-Nzola”, na capital do Congo Brazzaville.
O chefe da delegação cultural angolana, Luís Alexandre Capita, disse que a deslocação ao Congo Brazzaville de uma representação cultural da província de Cabinda, onde se integra o grupo folclórico “Tunga-Nzola”, “tem como objecto dar a conhecer a cultura angolana e, particularmente, a de Cabinda por intermédio da música folclórica, nas festividades alusivas ao centenário do primeiro Presidente de Angola, António Agostinho Neto”.
Luís Alexandre Capita acrescentou que o grande benefício é “a internacionalização da cultura de Angola, sobretudo a de Cabinda, por via do género musical ‘Kintueni’, que retrata o modus vivendi dos povos de Cabinda”.
O grupo folclórico “Tunga-Nzola” foi fundado em 2002, no bairro comandante Gika, em Cabinda, e conta, actualmente, com 32 integrantes e já fez várias exibições no país e no exterior, com destaque para a África do Sul e Coreia do Sul.