ÓSCAR GIL REABRE DUAS SALAS DE CINEMA
As duas salas de cinema do shopping Millennium, no Lubango, voltam a exibir filmes em circuito comercial a partir de sexta-feira, com a ficção “Assaltos em Luanda”, do realizador Henrique Narciso “Dito”.
Encerradas há cerca de dez anos, as salas possuem 100 assentos, e anteriormente eram conhecidas por Cinema “YobaBrothers”, agora passam à designação de Cine-Teatro Óscar Gil.
A reabertura dos cinemas coincidiu com a extensão do festival DocLuanda na cidade do Lubango, aberto quinta-feira e encerrou, ontem, com declamação de poesia, sessões de humor e trova.
O regresso à exibição comercial resulta de uma parceria formalizada, recentemente, entre o Cine-Teatro Óscar Gil, a Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisuais (Aprocima) e a produtora Criações Imediatas.
A intenção vem desde Setembro do ano passado, em que os parceiros pretendiam lançar o projecto “Filmes da Semana”, mas o proprietário das salas sugeriu adiamento para permitir a reabilitação do espaço, treino dos técnicos e manutenção do equipamento.
As sessões, numa primeira fase, vão ser restritas aos finais de semana (sexta, sábado e domingo). A Criações Imediatas, em colaboração com a Aprocima, faz a recolha e selecção dos filmes, enquanto o proprietário das salas se ocupa da exibição.
Cerca de 30 filmes de realizadores nacionais já estão selecionados, segundo o director da Criações Imediatas, Ngouabi Silva. Com essa iniciativa, “as obras nacionais voltarão aos cinemas, proporcionando essa experiência sempre diferenciada aos amantes de cinema da cidade do Lubango”.
Por sua vez, Óscar Gil anseia criar o hábito de as pessoas frequentarem as salas de cinema, “por isso é que nós trouxemos o DocLuanda para o Lubango, será uma constante anualmente”, disse efusivamente satisfeito com o movimento de cinéfilos, que voltam a frequentar as salas construídas numa parceria com o seu irmão empresário, Paulo Amaral.
As salas acolheram pela primeira vez a extensão do Festival Internacional de Cinema Documental, fora de Luanda, um passo que significa, para Óscar Gil, bons motivos para os habitantes do Lubango verem cinema documental, e incentivo para os jovens começarem a produzir documentários contando histórias locais.