CRIAÇÕES DE EDUARDO PAIM VÃO AO INTIMISTA DA BRASOM
“Recordar Criações do General Kambuengo” é a proposta musical escolhida para a edição de Julho do projecto “Intimista da Brasom”, a ser realizada sexta-feira, a partir das 21h00, em Luanda.
Com Eduardo Paim, acompanhado pelo Conjunto Dizu Dietu, estarão Sabino Henda, Robertinho e Djanira Mercedes, numa noite onde serão interpretados sucessos conhecidos na voz e produzidos por Eduardo Paim.
Os músicos estão a ensaiar numa das salas da Brasom, responsável pelo conceito intimista para uma viagem nostálgica pelos temas da fase S.O.S, Kanawas, a carreira individual e como produtor de Robertinho, Jacinto Tchipa, a ser interpretado por Sabino Henda, e Djanira Mercedes com os temas do também já falecido Diabick.
A selecção dos artistas foi feita em função do impacto que os arranjos obtiveram. No disco “Joana”, de Robertinho, os dedos mágicos do General Kambuengo moldaram temas conhecidos como “Sanguito”, “Kala Maxinde”, “Kiowa”, “Samba” e “Desespero”, tema que dá título ao disco lançado em 1993.
Com Diabick, a relação foi consolidada como integrante da Banda S.O.S, com incursões românticas e a inclinação pelo reggae do artista proveniente do Lobito. Do disco “Lemba”, as versões de “Lemba” e “Margarida” marcam esta faceta do produtor Eduardo Paim e na concepção da kizomba.
Temas como “Maye Maye” e “Cartinha de Saudades”, de Jacinto Tchipa, consagraram o teclista e baixista como produtor e um revolucionário da música angolana, ao apostar na programação com recurso aos sintetizadores. Trabalhador da Rádio Nacional de Angola, como músico de estúdio entre 1986 e 1989, época das primeiras gravações com Jacinto Tchipa, este conquistou por dois anos consecutivos o Top dos Mais Queridos. Depois Eduardo Paim voltou a trabalhar com o autor de “Ekulilamba” na produção do disco “Sisi Yola”, lançado em cassete em 1993.
Marechal Kambuengo, outro cognome que adoptou depois da fase de General Kambuengo, tem sucessos como “Esse Mwadié”, “Chikitita”, “Nzambi Za”, “Perdão”, “Minha Vizinha”, “Ai se eu te pego Maria”. “Do Kayaya”, “Luanda Minha Banda”, “Nguenda”, “Curtir Lisboa” e outros. Nos últimos tempos tem merecido várias distinções por parte de promotores jovens e vindas de iniciativas privadas nacionais e no estrangeiro. Recentemente foi homenageado na segunda edição do Festival da Kizomba.