ACTRIZ CLÁUDIA PÚCUTA CONQUISTA TROFÉU DE MELHOR ACTRIZ DA ÁFRICA AUSTRAL
A actriz angolana Cláudia Púcuta conquistou, no sábado, o título de Melhor Actriz da África Austral, nos prémios Sotigui do Burkina Faso, pelo personagem “Domingas”, do filme “Nossa Senhora da Loja do Chinês”, da produtora Geração 80.
Cláudia Púcuta dos grupos Super Pakata e do Elinga Teatro, que esteve presente na cerimónia de entrega dos prémios Sotigui do Burkina Faso, emocionou-se e agradeceu a família e todos os angolanos que votarem para que ele fosse considerada a Melhor Actriz da África Austral.
Para a actriz foi uma honra participar na cerimónia de entrega de prémios de um dos mais prestigiados concursos de cinema do continente africano. Em Dezembro do ano passado, Cláudia Púcuta participou, de forma presencial, na 2ª edição do Festival do Mar Vermelho (Festival Red Sea), que se realiza na cidade de Jeddaah, na Arábia Saudita.
Com este mesmo filme, que teve a sua estreia mundial no Locarno Film Festival – Suíca, a actriz angolana venceu a 2ª edição do Prémio Unitel Angola Move, na categoria de Melhor Actriz.
Os Prémios Sotigui, também conhecidos como a Noite Sotigui, são anuais para actores e actrizes do cinema africano e da sua diáspora, organizados no Burkina Faso. O seu objectivo é mostrar e premiar, em várias categorias, os melhores talentos do cinema africano em todo o mundo.
A cerimónia de entrega dos prémios Sotigui foi lançada em 2016, em homenagem ao actor maliano, nascido no Burkina Faso, Sotigui Kouyaté, falecido em Paris a 17 de Abril de 2010. À semelhança dos Óscares do cinema nos Estados Unidos ou da cerimónia do César em França, os Prémios Sotigui reconhecem anualmente os melhores actores-comediantes do cinema africano e da diáspora em várias categorias.
Desde a sua criação, os Prémios Sotigui contaram com a presença de vários actores do Burkina Faso, em particular, e de África, em geral.
Filme angolano
“Nossa Senhora da Loja Chinesa” é um drama angolano de 2022 escrito e realizado por Ery Claver na sua estreia como realizador de longa-metragem. O filme foi rodado em Luanda.
O enredo do filme é baseado no colonialismo, imperialismo, religião e mal-estar nacional. O filme retratou em grande parte actores novatos que eram amplamente desconhecidos na fraternidade do cinema, mas foram elogiados pelas suas actuações autênticas, apesar da falta de interacção ao longo do filme. O realizador do filme decidiu fazer uma análise subtil da influência da China sobre Angola através deste filme, retratando a história do oportunismo de um comerciante chinês. O filme foi produzido pela Geração 80.No entanto, o longa-metragem foi criticado pelo seu roteiro lento, enredos obscuros e falta de diálogos, mas foi elogiado pela sua narrativa visual e narração poética, com alguns críticos a considerar o filme semelhante a uma versão documental. O filme foi exibido como parte da primeira competição de longa-metragem no Festival de Cinema de Londres, em Outubro de 2022.