AGOSTINHO NETO HOMENAGEADO NA LIGA AFRICANA
Carlos Mariano Manuel, presidente da Liga Africana deu as boas-vindas ao público referindo que o evento fazia parte da modesta contribuição da associação cultural no conjunto das homenagens, que têm sido organizadas por várias instituições e nos vários quadrantes do país, em memória de Agostinho Neto.
A Liga Africana tem também motivos para exaltar a memória do Dr. António Agostinho Neto, pois foi um insigne e regular dinamizador cultural, nas vestes de autor de textos em prosa e poesia publicados na Revista Angola, da Liga Nacional Africana, como pode ser constatado nos números 148, de Novembro de 1953 e 155 de Julho-Dezembro de 1957, onde foram publicados o texto em prosa “A propósito do teatro de Keita Fodéba” e o poema “Adeus à hora da largada”, respectivamente.
O momento cultural foi dirigido por Santocas, ícone da canção revolucionária, artista que vezes sem conta harmonizou palavras de ordem de Neto. O espírito e a letra do poema “Havemos de Voltar” estiveram presentes com as boas-vindas do Semba Muxima e dos Marimbeiros de Kalandula, formação que traçou a trilha sonora de fundo ao longo da apresentação conduzida por Kinna Santos.
No histórico edifício inaugurado no dia 28 de Maio de 1953 como sede de um importante berço do nacionalismo angolano, a Liga Nacional Africana, cuja organização precursora, a Liga Angolana, foi fundada em 1912, agora sede da Liga Africana, o nacionalista e embaixador Luís Neto “Loló Kiambata” também recorreu à história para exaltar a figura de Agostinho Neto.