DANÇARINOS CLAMAM POR VALORIZAÇÃO E INCENTIVOS
Os dançarinos do Huambo pedem mais apoios para poderem valorizar e divulgar as danças tradicionais, assim como resgatarem alguns dos traços culturais da região, defendeu, ontem, naquela província, o responsável do Núcleo de Dança, Orlando Elias.
O Núcleo de Dança do Huambo, avançou, controla 50 grupos, a maioria relegado ao anonimato, situação que tem desmotivado alguns criadores. “Muitos grupos não são convidados para as actividade e portanto não conseguem se impor no mercado. O talento só pode ser reconhecido através das exibições, mas isso não tem acontecido e aos poucos são esquecidos”, lamentou.
O director do grupo Real Show, do bairro São Pedro, Adelino Kali, criticou, também, a falta de espaços adequados para a exibição de espectáculos de dança. “É preciso explorar mais alguns estilos de certas comunidades, que correm o risco de entrar em desuso, por falta de incentivos para serem transmitidos à nova geração”.
O necessário agora, aponta, é incentivar o surgimento de jovens dançarinos e criar incentivos para a promoção da arte, desta forma o mercado pode ter um aumento no número de praticantes desta arte. “É igualmente fundamental garantir a formação permanente destes artistas”, apelou.
O chefe do Departamento da Acção Cultural, do Gabinete Provincial da Cultura, Pascoal Pedro Nhanga, disse que têm controlado 142 grupos de dança, dos quais 52 são do estilo tradicional