DESFILE DE MODA DE RUI LOPES LEVA ANGOLANIDADE E HISTÓRIA DE SUPERAÇÃO
Superação, inclusão, ousadia, irreverência, criatividade, patriotismo e canções que contam histórias, marcaram o desfile de moda de Rui Lopes, realizado na tarde de sábado, no Palácio de Ferro, em Luanda.
O evento foi realizado para assinalar a celebração dos 21 anos de carreira do estilista, Rui Lopes e dos 48 anos de Angola como país independente. À festa juntaram-se os colegas Adelino Fernandes “Didi”, Luzia Mateus, Lurdes, Jéssica, Jofre Cardoso e Gelson Kinanga.
O anfitrião encerrou o desfile de mostras das suas colecções. Rui Lopes levou ao desfile trajes com as cores preto, vermelho e amarelo, as cores que carregou no final do evento. O artista contou a história de Angola de forma cronológica, a preta representou a repressão colonial, a vermelha, o período da luta de libertação, e o amarelo, a independência e a democracia.
O olhar retrospectivo teve como banda sonora temas como: “Kaputo” do Conjunto Nzaji, “Milhoro” dos Kiezos, “Carta de Saudade” de Jacinto Tchipa e muitos outros como “País Novo” de Matias Damásio, que exaltam e apelam à um forte sentimento da angolanidade. Rui Lopes afirmou que tem uma forte ligação com a música, pois teve dois irmãos ligados aos conjuntos e conviveu com vários cantores que frequentavam a casa dos seus pais. No final partilhou a história de Jandira Neves, a jovem que desfilou com prótese e que representa uma das marcas que carrega neste sector, que é a moda inclusiva.
Segundo o estilista, o colega Didi geralmente apresenta uma linha conceitual, comercial, onde a maior parte das peças são unissexo. Já
a Luzia Mateus geralmente foca-se mais nas roupas africanas do quotidiano e gala e neste caso particular moda de praia ou verão
“O Jofre Cardoso apresenta muito extravagante, irreverente com peças de street fashion e sobretudo colecção de inverno, enquanto da Jessica foram peças de gala com cores vibrantes e quentes e Kinanga sempre a seu jeito com vestidos de gala com maxi”.