SEMBA ELEVADO A PATRIMÓNIO HISTÓRICO-CULTURAL
O género de música e dança “Semba” e “Corredor do Cuanza” foram elevados a património histórico-cultural nacional, informou, esta terça-feira, em Luanda, o ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau.
O ministro falava na abertura da mesa redonda sobre “a salvaguarda do património cultural, material e imaterial de Angola”, em alusão ao Dia Internacional dos Monumentos e Sítios que hoje se assinala.
Semba é um género de música e de dança tradicional que se tornou muito popular nos anos 50. A palavra semba significa umbigada em kimbundo. Numa tradução livre, a palavra Semba representa “o corpo do homem que entra em contato com o corpo da mulher ao nível do barriga”.
De acordo ao já falecido cantor Carlos Burity a estrutura mais antiga do semba situa-se na masemba (umbigada), uma dança angolana do interior caracterizada por movimentos que implicam o encontro do corpo do homem com o da mulher: o cavalheiro segura a senhora pela cintura e puxa-a para si provocando um choque entre os dois (semba).
Como explica que o semba (género musical), actual é resultado de um processo complexo de fusão e transposição, sobretudo da guitarra, de segmentos rítmicos diversos, assentes fundamentalmente na percussão, o elemento base das culturas africanas.
Filipe Zau referiu, igualmente, que a Dikanza (instrumento musical) e Bessangana (vestuário típico de Luanda) também foram elevados à mesma categoria.