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BIOGRAFIA DE CAMÕES POR ISABEL RIO NOVO TRAZ “MUITAS SURPRESAS”

 BIOGRAFIA DE CAMÕES POR ISABEL RIO NOVO TRAZ “MUITAS SURPRESAS”

Biografia do poeta Luís de Camões

Uma biografia de Luís de Camões vai ser publicada em junho, nos 500 anos do poeta, mostrando o homem por detrás do mito, num trabalho de cinco anos de Isabel Rio Novo, que lhe trouxe “muitas surpresas”.

A primeira reacção foi de medo, depois de aceitar o desafio lançado pelo editor da Contraponto para escrever uma biografia de Luís de Camões, quando se apercebeu do “aparente poço sem fundo em que tinha decidido mergulhar”, contou a escritora e investigadora, em entrevista à agência Lusa.

Este é o segundo volume da colecção de “Biografias de Grandes Figuras da História de Portugal”, que arrancou em 2020 com a biografia do Marquês de Pombal, e que conta com o apoio do Camões — Instituto da Cooperação e da Língua e da Fundação Oriente.

“De início fiquei muito assustada: primeiro, porque tinha acabado de sair de uma grande empreitada — a biografia de Agustina Bessa-Luís, na colecção ‘Grandes Figuras da Cultura Portuguesa Contemporânea’ – e depois pela figura proposta”, revelou Isabel Rio Novo.

Para a editora, o quinto centenário do nascimento de Camões proporcionava uma oportunidade singular para reflectir sobre o legado de um poeta amplamente presente tanto na literatura quanto na identidade portuguesa.

Por isso, para Isabel Rio Novo, não se tratava apenas da biografia de mais um grande vulto, mas de “toda essa carga de sentido que atribuímos a Camões”.

O trabalho, que se iniciou em 2019 e está em fase de conclusão, obrigou a autora a mergulhar a fundo em todas as biografias antigas e recentes, na pesquisa de fontes conhecidas e na reunião de informação que estava dispersa.

A pandemia que se interpôs no caminho de Isabel Rio Novo teve a desvantagem de a obrigar a protelar viagens necessárias, mas teve como vantagem dar-lhe mais tempo e facilitar as pesquisas à distância, contou.

Foi então à distância que contactou com pessoas que lhe deram informações, que lhe enviaram documentos e de quem recebeu pistas de investigação; fisicamente, quando as barreiras impostas pela pandemia foram levantadas, foi a Goa, “a velha Goa que resta dos tempos de Camões”, e à ilha de Moçambique, “onde Camões viveu dois anos, na altura em que queria regressar a Portugal.”

A viagem a Goa revelou-se mais frutífera do que esperava, pois encontrou um grupo de investigadores do Laboratório Hércules, da Universidade de Évora, que lá se encontrava no âmbito de um trabalho de análise de retractos dos diversos vice-reis da Índia, e que a ajudaram numa descoberta que acabara de fazer.

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