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CIRCUITO INTERNACIONAL DE TEATRO FORTALECE SECTOR CULTURAL E ARTÍSTICO

 CIRCUITO INTERNACIONAL DE TEATRO FORTALECE SECTOR CULTURAL E ARTÍSTICO

Secretário destaca impacto positivo do festival no fornecimento do sector cultural e artístico por via do investimento nos recursos humanos.

O secretário permanente da Comissão Nacional para a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), Alexandre Costa, destacou, em Luanda, na gala de abertura da oitava edição do Circuito Internacional de Teatro (CIT), o impacto positivo do festival no fornecimento do sector cultural e artístico por via do investimento nos recursos humanos.

Ressaltou, ainda, a necessidade do sector público continuar a envidar esforços com todas as partes interessadas, com realce para o sector privado, por forma a dar destaque e promover este importante segmento, e o contributo para a indústria criativa. Aproveitou o momento para felicitar o homenageado, Adelino Caracol, que, apesar das dificuldades e desafios que o teatro  enfrenta, “mostrou-se persistente no panorama sociocultural através do teatro, na capacitação de novos fazedores e na promoção da cultura angolana”.

Alexandre Consta congratulou-se com o Circuito Internacional de Teatro por continuar a brindar com esta iniciativa nacional, e com projecção internacional, na qual a presente edição tem como lema “Conhecer Angola com o Teatro”, em que se conjugam com as recomendações dos Estados Membros da UNESCO apresentadas na Conferência Mundial sobre as Políticas Culturais e Desenvolvimento Sustentável (MondiaCult).

Em 2022, disse, a UNESCO e a MondiaCult declararam a cultura como um “bem público global,  com incentivo ao multilateralismo e a cooperação local, regional e internacional entre os promotores de políticas culturais e os fazedores da arte.

 Projecto inclusivo

No discurso de boas-vindas do director-geral do CIT, Adérito Rodrigues “BI”, destacou  como meta para esta edição a realização de 50 espectáculos de teatro, média alcançada todos os anos com grupos de várias províncias  e países. A nível nacional, participam as província de Luanda, Huambo, Benguela, Huíla, Namibe, Uíge, Cuanza-Norte, Cabinda e Lunda-Norte, enquanto que a nível internacional Portugal, Brasil e Moçambique.

O projecto “Cultura para Todos”, promotora do CIT, trabalha com cerca de 1500 artistas. A partir deste ano o CIT passa a ter algo inédito fruto da parceria com a Faculdade de Artes, na qual os estudantes vão fazer a defesa da tese com um espectáculo que será apresentado ao publico, dentro do programa do festival. A defesa das monografias  dos 13 estudantes da Faculdades de Artes da Universidade de Luanda está marcada para dia 19, no palco do Elinga  Elinga. Os estudantes do quatro ano vão apresentar um espectáculo baseado no livro do “Mayombe”, de  Pepetela, numa adaptação do professor e encenador Tony Frampênio.

Adérito Rodrigues frisou que este ano vão ser realizadas dez distinções, entre as quais destacam-se os prémios “Carreira”, “Artista CIT”, “Actor”  e “Actriz”. Vão ser, igualmente, distinguidas as categorias de Melhor Encenador, Cenografia, Texto Dramático, Caracterização, Grupo Popular e Grupo CIT.

 Gala com “Tchianda”

De acordo com o programa das actividades, o primeiro momento acontece com uma performance do grupo tradicional “Tremura Show”, que apresentou a diversidade cultural e a riqueza rítmica da ancestralidade nacional, particularmente das províncias da Lunda-Norte e Lunda-Sul. O espectáculo, montado com vários números intercalados, mostrou mais uma vez ser possível agregar a dança ao teatro. O estilo “tchianda” tomou conta do palco e recebeu muitos aplausos. O músico Zola Graça encerrou a gala com o tema “Deus de Promessa”.

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