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DANÇAS TRADICIONAIS CARECEM DE MAIS DIVULGAÇÃO NA HUÍLA

 DANÇAS TRADICIONAIS CARECEM DE MAIS DIVULGAÇÃO NA HUÍLA

Danças tradicionais angolanas

A necessidade de promover e divulgar, cada vez mais, a variedade das danças tradicionais angolanas deve ser um imperativo das instituições de direito e respectivos parceiros, de modo a serem conhecidas e contribuir para a sua preservação pelas novas gerações.

O presidente da Cooperativa Provincial do Carnaval (COPAC), na Huíla, Pedro Mussunda, que manifestou o facto, acrescentou que as danças folclóricas nacionais continuam a ser praticadas pelas gentes nativas, mas ainda com muito pouca divulgação e expansão. Pedro Mussunda realçou as várias tribos que povoam a província da Huíla dotadas de ricas danças tradicionais com toques específicos que têm um significado, uma mensagem, mas que poucos conhecem e não se criaram ainda condições para se desenvolverem estudos específicos que distingam o seu valor sócio-cultural. Destacou os Nhyanekha-Nkhumbi, Ngangelas, Mucubais, Khoi-San, Umbundus, Kwanhamas, entre outros, que até hoje preservam as danças típicas, geralmente manifestadas em actos festivos tradicionais, cujos toques, instrumentos, vestes e cânticos demonstram a riqueza socio-cultural da região Sul do país.

O presidente da Cooperativa Provincial do Carnaval (COPAC), na Huíla, Pedro Mussunda, que falava no âmbito das comemorações do Dia Internacional do Folclore, assinalado no dia 22 de Agosto, defendeu a criação de mecanismos eficazes para a inserção das crianças e jovens na prática dos ritmos típicos de cada região.”O envolvimento de vários estratos sociais, assim como jovens e crianças, favorece uma maior preservação e divulgação das nossas danças tradicionais. Várias cerimónias e encontros rurais integram danças tradicionais, visando a passagem de conhecimentos às novas gerações”, indicou. Segundo Pedro Mussunda, a preservação dos valores da Identidade Nacional, a começar do ensino de base para chegar às universidades, públicas e privadas, deve ser vista como um dos factores necessários para a valorização e pro- moção das várias gentes que povoam e servem Angola.”Ainda nenhuma dança folclórica nacional consta nos planos curriculares das escolas públicas e privadas nacionais”, descreveu, para apelar à urgência da sua inclusão, pela sua pertinência na preservação e incutir desde o ensino de base o valor da cultura angolana, no quadro da manutenção da história nacional.

Pedro Mussunda considerou que se trata de um exercício científico a que se deve alocar recursos materiais e financeiros, com o propósito de se efectuarem pesquisas mais aprofundadas para a  expansão e continuidade dos vários estilos das danças folclóricas nacionais. Defendeu e a sua inserção nas disciplinas de História e Educação Moral e Cívica pode também ser uma das saídas, porque as danças tradicionais transportam consigo um vasto manancial de valores ético-morais.

“A dança tradicional há muito que passa por inúmeras transformações e influências devido aos factores proporcionados pela globalização”, reconheceu, sustentando todavia que a preservação das raízes deve ser já assumida como um compromisso de cada cidadão, onde as pessoas com alguma idade devem estar envolvidas nas acções que visam a passagem do testemunho às novas gerações. Pedro Mussunda defende que se divulguem mais as danças tradicionais de todos os pontos do país, que se atinjam os locais mais recônditos para o apro- fundamento do estudo desta arte ancestral. Explicou que o folclore faz parte de um conjunto de tradições e manifestações culturais que há séculos se manifesta por lendas, mitos, provérbios, danças, costumes, produção agro-pecuária, nascimento, nomes e outros factores que são transmitidos de geração em geração.Combinação de instrumentosA perfeita combinação de vários instrumentos tradicionais musicais, com realce para os batuques, apitos, paus, assim como as canções seguidas de palmas de dezenas de populares que se encontram numa roda atrai vizinhos e transeuntes.

São de facto os ensaios geralmente feitos no enorme pátio do quintal do soba Manuel Tchicomo. Contados a dedo, estão no recinto acima de 60 elementos, entre os quais crianças, jovens e anciãos. Constou que o propósito é afinar a máquina para melhor exibição no dia D, carnaval e nas festas de louvor às chu- vas que reanimaram a actividade agrícola.O seculo Faustino Tchivangulula avançou alguns nomes tidos como referência na agremiação, tendo enunciado o ancião Tchicusse, soba Mandande, Joni Cabral, Helieci Henga, Francico Mangala, Cakangavekwa, Teresa Mbuana, Mussinga e Ngongo Kathiave.Entre os citados constam também Ñdia Unene, Nahoma, Mbimbi, Mulheipo, Thunde, Cievo e Niongo Mutiava. Estes estão sempre empenhados para manter e levar os Kamatembas para outros pontos do país e do mundo. “As cores nacionais estão desenhadas na samakaka, a veste principal do nosso grupo”, disse.

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