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FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA ARRANCA REPLETA DE ESTRELAS MUNDIAIS

 FESTIVAL DE CINEMA DE VENEZA ARRANCA REPLETA DE ESTRELAS MUNDIAIS

Festival Internacional de Cinema de Veneza

O Festival Internacional de Cinema de Veneza deu ontem início à sua 80ª edição, num evento que reuniu novos trabalhos de realizadores como Michael Mann, Roman Polanski, Sofia Coppola, Ava DuVernay e Pablo Larraín, entre muitos outros.

Sem a presença de filmes portugueses na selecção oficial de curtas e longas-metragens, Veneza contará com um projecto luso-brasileiro no programa de cinema imersivo e de realidade virtual, intitulado “Queer Utopia”, do artista brasileiro Lui Avallos, com co-produção portuguesa.

Lui Avallos, com formação em imagem e som no Brasil, desenvolveu uma investigação em realidade virtual na Faculdade de Belas Artes da Universidade de Lisboa, que esteve depois em desenvolvimento em Veneza entre 2021 e 2022 e é agora apresentada no festival.

Na selecção oficial de Veneza, destaque para a estreia de “The Palace”, do realizador Roman Polanski, de 90 anos, e cujo cinema regressa a este festival depois de, em 2019, ter sido premiado com “J’Accuse – O oficial e o espião”.

Descrito como “uma comédia negra”, ‘The Palace’ conta com interpretações, entre outras, de Oliver Masucci, Fanny Ardant, John Cleese e do actor português Joaquim de Almeida.

Também fora de competição, em Veneza estarão “Coup the chance”, de Woody Allen, rodado em França, “The wonderful story of Henry Sugar”, de Wes Anderson, a partir de uma história de Roald Dahl, e o documentário “Ryuichi Sakamoto – Opus”, de Neo Sora, filho do pianista que morreu em Março passado.

Admitindo que este ano a competição pelo Leão de Ouro é extensa, o director do evento, Alberto Barbera, revelou, em conferência de imprensa, no mês passado, nomes como “Priscilla”, de Sofia Coppola, “La Bête”, de Bertrand Bonello, “Maestro”, realizado e protagonizado por Bradley Cooper, “Origin”, de Ava DuVernay, e “The Killer”, de David Fincher, num regresso a Veneza depois de “Clube de Combate” (1999).

Além de Roman Polanski e Woody Allen, Veneza também incluiu na programação outro nome envolvido em escândalos sexuais: o realizador francês Luc Besson, de quem será exibido, em competição, o filme “Dogman”.

“Poor Things”, de Yorgos Lanthimos, com Emma Stone e Mark Ruffalo, “El Conde”, de Pablo Larraín, com o ditador chileno Augusto Pinochet retratado como um vampiro, e “Ferrari”, de Michael Mann sobre o empresário italiano Enzo Ferrari, num papel para Adam Driver, também estarão em Veneza.

O festival de cinema de Veneza, que termina a 9 de Setembro, escolheu “La Sociedade de la Nieve”, do realizador espanhol J. A. Bayona, como filme de encerramento.

O realizador norte-americano Damien Chazelle vai presidir o júri da selecção oficial que atribui o Leão de Ouro, juntamente com Saleh Bakri (actor palestino), Jane Campion (realizadora neozelandesa), Mia Hansen-Love (realizadora francesa), Ga-briele Mainetti (actor e realizador italiano), Martin McDonagh (argumentista e realizador irlandês), Santiago Mitre (realizador argentino), Laura Poitras, (jornalista e realizadora norte-americana) e Shu Qi (actriz chinesa).

O festival vai, ainda, atribuir Leões de Ouro de Carreira à realizadora Liliana Cavani e ao actor Tony Leung Chiu-wai.

Para sábado, o festival convocou uma manifestação de solidariedade para com as mulheres e os homens do Irão, na sequência da condenação do realizador Saeed Roustaee a uma pena de prisão, suspensa na maior parte, por ter exibido o seu mais recente filme em Cannes.

No dia 6 de Setembro, o festival vai acolher um dia dedicado à Ucrânia, para reafirmar a solidariedade para com o povo do país invadido pela Rússia e debater a situação da indústria cinematográfica ucraniana.

No final de Julho, em conferência de imprensa, Alberto Barbera disse que as greves que estão a afectar, desde Maio, a produção de cinema e televisão dos Estados Unidos terão “um impacto modesto” no festival e “a passadeira vermelha não estará tão vazia” como a imprensa especializada antecipou.

De acordo com a publicação Variety, esta semana, confirmara os nomes dos actores Adam Driver, Caleb Landry Jones, Mads Mikkelsen e Jessica Chastain que marcariam presença em Veneza, tendo obtido permissão por parte do sindicato dos atores por terem integrado produções independentes e não obras produzidas pelos grandes estúdios.

Filme da abertura

A estreia mundial de “Comandante”, realizado por Edoardo De Angelis, um drama sobre um submarino italiano durante a Segunda Guerra Mundial, marcou ontem o arranque da edição 80 do Festival Internacional de Cinema da Bienal de Veneza, que decorre até dia 9 de setembro, na cidade italiana.

“Comandante”, protagonizado por Pierfrancesco Favino, abriu a secção competitiva, em substituição do anteriormente anunciado “Challengers”, de Luca Guadagnino, filme retirado devido às greves em Hollywood e adiado para 2024.

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