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GALERIA MOVART APRESENTA OBRAS DE ARTISTAS NA BAIA DE LUANDA

 GALERIA MOVART APRESENTA OBRAS DE ARTISTAS NA BAIA DE LUANDA

Galeria de arte MovArt

A Galeria de arte MovArt apresenta na sexta-feira, as obras “Homenagem à mulher zungueira angolana”, “Angola daqui a um milénio” e o “Menino de rua da área da Chicala I”,as 18h, na baia de Luanda.

Em residência, durante três meses, estiveram a artista brasileira Gabriella Carinho, o angolano Gegê Mbakudi e o pintor norte-americano Ryan Daniels.Além de participar na residência, a pintora brasileira revelou ao Jornal de Angola que estar em Luanda tem sido uma experiência enriquecedora que serviu para trocar conhecimentos, bem como caminhar pela cidade nos seus diversos locais e conhecer um pouco mais dos usos e costumes.

Este feito, explica a artista, é um grande complemento não só na sua vida artística, como também na vida pessoal que vai ficar marcante na sua existência, sobretudo por ser a primeira vez que vem em Angola, não como turista, acrescenta, mais para participar num projecto cultural partilhando o espaço com pintores dotados de um saber incrível.

Questionada se conhece ou já ouviu falar de alguns pintores nacionais, Gabriella Carinho frisou que sabe muito pouco sobre artes plásticas angolanas, tendo manifestado que conhece melhor cantores e escritores angolanos que são muito referenciados no Brasil. Da literatura, destacou o escritor Luandino Vieira, autor que investigou a sua vida e obra durante a sua graduação, assim como a kudurista Titica, que frisou que os seus temas musicais são muito conhecidos nas festas e nas casas nocturnas em várias cidades do Brasil.

O artista angolano disse que produziu uma obra que se interroga como será a Angola do futuro, sobretudo a cidade de Luanda daqui a um milénio. Disse ainda que o seu trabalho espelha a cultura nacional em várias vertentes, como narrar histórias da antiga Fortaleza de São Miguel, hoje, Museu Nacional de História Militar, o Mausoléu, conhecido por Memorial António Agostinho Neto e o famoso prédio da Cuca.

Gegê Mbakudi homenageia também o kudurista Nagrelha dos Lambas, falecido no ano passado, vítima de doença. Justificou a homenagem ao Estado-Maior do Kuduro por ter sido uma das pessoas mais importante que já conheceu, bem como desenvolveu trabalho que reeducou muitos jovens para não abraçarem a delinquência.A palanca negra também é uma referência na sua obra, que considera de cavalo raro.

Ryan Baniels, outro artista em residência, produziu uma obra que espelha o dia-a-dia de um menino de rua da Chicala I, que diariamente deambula na Baía de Luanda à procura de sustento, a quem fotografou para transformar numa obra de arte.O pintor americano produziu a imagem do menino de rua sobre madeira, que depois imprimiu, tornando no produto final daquilo  que esboçou.

“Foi a minha primeira experiência de residência em Angola. Antes de vir, eu tinha escutado sobre o Mestre Paulo Kapela. Gosto muito do trabalho dele. Tem aquelas qualidades que evoca emoções e pensamentos, mesmo sem entender exactamente porquê. Gosto muito disso. A residência me mostrou muitos mais artistas angolanos que desejo conhecer melhor e me inspirar com os seus trabalhos”, disse o artista americano.

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