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“MUSEU DE MANIFESTAÇÕES” VENCE COMPETIÇÃO NACIONAL

 “MUSEU DE MANIFESTAÇÕES” VENCE COMPETIÇÃO NACIONAL

“Museu de Manifestações”

O filme “Museu de Manifestações”, da realizadora Irene A’Mosi, sagrou-se, no dia 6 do corrente mês, vencedor da competição nacional do Festival Internacional de Cinema Documental (DocLuanda), enquanto “Yoon”, dos realizadores portugueses Pedro Figueiredo Neto e Renato Falcão, sagrou-se vencedor da competição internacional.

O júri justificou a atribuição do prémio ao documentário “Museu de Manifestações” tendo em conta o tema central a acessibilidade de pessoas, isto é, com deficiência e com mobilidade reduzida e consequente exclusão social, em que se prende a narrativa do filme.

No estilo docu-drama, o documentário apresenta, segundo o júri, uma narrativa simbólica e lírica e “sem diminuir a importância e o impacto deste tema na actual sociedade angolana, o filme sobressai pela sua opção estética, com foco na poesia e na fotografia a preto e branco”.

A realizadora congratulou-se pelo facto de ser a segunda mulher premiada no DocLuanda, na categoria nacional, à semelhança de Kamy Lara, vencedora da primeira edição, com o filme “Para Lá dos Meus Passos”.

Irene A’Mosi dedicou o prémio à sua mãe, pela instrução familiar que recebe dela, sendo uma das molas impulsionadoras para a auto projecção como profissional do cinema.

Irene A’Mosi, que recebeu o galardão das mãos da presidente do júri, Agnela Barros, é guionista, artista multidisciplinar – roteirista,realizadora, poeta e actriz -, em 2022 venceu a oitava edição da batalha de “spoken Word” (poesia falada). Nos últimos meses dedica-se ao argumento da novela “Nzila”, em colaboração com a produtora Geração 80.

O auditório Pepetela do Camões foi pequeno para acolher a sessão de encerramento da segunda edição do Festival Internacional de Cinema Documental (DocLuanda), testemunhado pelo embaixador de Portugal, Francisco Alegre Duarte, e pela directora provincial da Cultura de Luanda, Julieta Paulo Major.

Houve lotação esgotada, sinal de que o género filmes documentários ganha, aos poucos, afeição quer dos realizadores quer dos cinéfilos angolanos, na óptica do secretário-geral da Associação Angolana de Profissionais de Cinema e Audiovisual (Aprocima).

Dos 7 filmes em competição nacional, o júri decidiu atribuir duas menções honrosas, aos filmes “Sol Z” de David Nahenda e “Histórias do Kakwaku”, realização colectiva do Projecto Agir.

As menções honrosas dão acesso ao prémio oferecido pelo estúdio de som Criacom, para gravação e pós-produção áudio. De acordo com o júri, a intenção desta atribuição visa, acima de tudo, motivar os autores a continuarem a desenvolver as propostas e a melhorarem tecnicamente os trabalhos.

“Trata-se de dois trabalhos actuais e interventivos que demonstram uma clara preocupação social”, argumentou a presidente do júri nacional, Agnela Barros, ladeada do jornalista e escritor José Luís Mendonça e do engenheiro informático e montador de cinema, Domingos Magalhães, ambos membros do júri nacional. A categoria internacional registou 15 filmes em competição, o júri fundamentou que o prémio foi atribuído ao filme “Yoon” (Portugal) pela  forma como é abordado o tema e pela proposta cinematográfica que coloca o filme numa posição destacada dos restantes títulos em competição.

As chamadas e mensagens de voz feitas e recebidas por Mbaye Sow, uma das personagens em “Yoon”, “transportam-nos para a sua existência emotiva e cultural. As interacções com outras pessoas e culturas são também reveladoras da situação em que se encontra como africano emigrado na Europa, viajando pelo continente de onde partiu”, refere o júri internacional, em comunicado apresentado por Blandine Klander,e que procedeu a entrega do galardão ao realizador Jorge António, em representação dos realizadores portugueses.

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