ASSOCIAÇÃO DO CARNAVAL NEGA PEDIDO DOS GRUPOS
A Associação Provincial do Carnaval de Luanda (APROCAL) negou, esta quarta-feira, na capital, o pedido dos grupos carnavalescos de exibirem-se, este ano, no desfile competitivo do ENTRUDO nas classes A, B e C, sem alegoria.
O encontro entre os grupos carnavalescos e a APROCAL, aconteceu, na manhã de ontem, na escola Njinga Mbande, tendo os responsáveis carnavalescos alegado não terem tempo e nem condições financeiras para produzirem as alegorias, uma vez que faltam 11 dias para o acto central do Carnaval.
O presidente da APROCAL, Tany Narciso, disse que dançar o Carnaval sem alegoria é contra o regulamento, tendo justificado, por outro lado, não ser da competência da associação decidir que os grupos descem à Marginal da Praia do Bispo sem alegoria.
Apesar do pedido ser da maiorias dos grupos da classe A, Tany Narciso defendeu, que “temos que respeitar os esforço dos outros que gastaram dinheiro para fazer as suas alegoria”. A alegoria, reforçou, é um dos itens com maior pontuação no critério de avaliação dos grupos durante do desfile das classes A, B e C.
O presidente da APROCAL questionou aos responsáveis presentes no encontro em que condição fica o dinheiro gasto pelos grupos que produziram as suas alegorias? e Quem vai repor os valores gastos.
Os responsáveis dos grupos carnavalescos unânimes em responder que o dinheiro gasto para produzir uma alegoria é mais alto do que o valor prémio que APROCAL dá ao primeiro classifico do Carnaval.
Por outro lado, questionaram o facto de no Carnaval Live, realizado no Centro de Produção da Televisão Pública de Angola (TPA), no Camama, em Luanda, os grupos desfilaram sem falange de apoio, que também é um dos itens de avaliação no Carnaval.
Para os responsáveis dos grupos, não faz sentido que a APROCAL não aceite o pedido que é só para esta edição do Carnaval. “Estamos a expor as nossas preocupações porque não conseguimos patrocinadores para cobrir a aflição que enfrentamos”.
Apesar de reconhecer as dificuldades que os grupos enfrentam, o secretário-geral da APROCAL, António de Oliveira “Delon”, defendeu que “devemos reflectir que Carnaval queremos. Façam um esforça para trazerem alegoria, com objectivo de termos um Carnaval mais atractivo”, disse.
O presidente da APROCAL prometeu levar a inquietação dos grupos a Comissão Organizadora do Carnaval de Luanda para que seja analisada.