ESCRITORES LANÇAM LIVROS SOBRE NETO NO MEMORIAL
Duas obras literárias que abordam a dimensão cultural e política do Fundador da Nação são lançadas, hoje, às 16h30, no Memorial Dr. António Agostinho Neto, na Praia do Bispo, em Luanda, durante uma sessão de venda e assinatura de autógrafos.
Tratam-se das obras “Utopia: O pensamento político e outro afectos em amanhecer ”, de Akiz Neto, e “Agostinho Neto Dialéctica do Discurso Poético e Literário”, de David Capelenguela, cujos lançamentos estão inseridos no leque de actividades que o Memorial está a realizar para saudar o centenário de nascimento do seu patrono.
Em declaração, ontem, ao Jornal de Angola, David Capelenguela disse que na obra aborda em várias perspectivas a análise crítica de alguns poemas de Agostinho Neto ao longo do tempo.
O também secretário-geral da União dos Escritores Angolanos (UEA) revelou que, no livro “Agostinho Neto Dialéctica do Discurso Poético e Literário”, dá o seu ponto de vista sobre Agostinho Neto como poeta, artesão e inspirador compunha os seus textos poéticos.
Para David Capelenguela, numa análise prévia, o livro é uma reflexão de tudo que extraiu da obra do Poeta Maior, nas várias vertentes culturais.
Em “Utopia: O pensamento político e outros afectos em amanhecer – poesia de Agostinho Neto”, Akiz Neto faz uma abordagem crítica sobre a consciência nacionalista e de vanguarda anti-colonialista do poeta da nacionalidade, o Poeta Maior Agostinho Neto, somente do seu terceiro livro poético “Amanhecer “.
Em decorrência à análise crítica, adiantou, vamos ao encontro do pensamento de negritude e do nacionalismo, revelando sentimentos e razões filosóficas em torno da temática.
“O espírito de liberdade e de unidade estão plasmados na filosofia polissémica de Agostinho Neto”, disse o autor, acrescentado que recorrente a plurisutopia da linguagem de Neto, passa pelo encontro de 1 de Julho de 1970, com o Papa Paulo VI, entre Agostinho Neto, Amílcar Cabral e Marcelino dos Santos, cuja temática era a libertação de África.
“A distribuição dos velhos monumentos e a consequente construção de novos é uma revelação de Agostinho Neto, a tratar-se da Formação Social e Económico instaurado pelo colonialista. A actualização da questão Onomástica (antroponímia e toponímia) tendo em conta a filosofia social africano-angolana, enfim, um respaldo para as questões românticas associadas aos outros afectos como a religião, o colectivo de estudantes, memória e outros convívios adentro da filosofia política”, concluiu.