FESTIVAL DE CINEMA PAN-AFRICANO HOMENAGEA HATTIE MCDANIEL
A segunda edição do Festival Internacional de Cinema Pan-africano de Luanda “Paff 2023” abre, quarta-feira, às 18h00, na Mediateca de Luanda, com uma homenagem, a primeira afro-americana vencedora do primeiro prémio de actriz coadjuvante.
A informação foi avançada, pela organização do festival, durante uma conferência de imprensa para a apresentação desta edição do festival, realizada na Galeria Plano B, na Marginal de Luanda.
De carácter competitivo, o festival vai decorrer até ao dia 26 deste mês, na Mediateca de Luanda, no Palácio de Ferro E Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), sob o Tema “Conectando o cinema Africano com o público”.
O programa reserva para os dias 23 e 24, no Palácio de Ferro, entre às 15h00 e às 20h00, duas sessões de exibição de filmes. No dia 24, haverá, igualmente, uma sessão especial reservada para os alunos do Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), com entradas e exibições grátis, das 10h00 às 14h00.
Os ingressos estão disponíveis nos locais de evento, ao preço de mil kwanzas, para assistir a um filme, e dois mil kwanzas, o passe diário. Os ingressos para os dias 22 e 26 deste mês vão ser vendidos no valor de três mil kwanzas.
O criador, professor e director-geral do festival, Nekunda Nlaba, disse que o festival foi criado para promover, desenvolver e divulgar a indústria cinematográfica em Angola e África, com exibições de filmes produzidos em África por produtores africanos que vivem na Europa, América, Guadalupe, Martinique e Jamaica.
Nekunda Nlaba considerou o cinema uma das artes mais importantes do mosaico cultural africano, vendo nos filmes a oportunidade para alavancar a cultura de África a partir do cinema, de forma a ajudar os povos africanos, e não só, a compreender a cultura.
Na edição passada, que aconteceu na Fundação Arte e Cultura, recepcionaram 2.420 filmes, mas só 75 foram seleccionados. Na presente edição, a organização recebeu várias candidaturas, onde foram seleccionadas 42 filmes, entre curtas e longas-metragens, de ficção, documentários e filmes de animação.
Nesta edição concorrem mais de vinte países, nomeadamente Angola, África do Sul, Bélgica, Brasil, Bulgária, Burkina Faso, Cabo Verde, Colômbia, Portugal, Namíbia, Senegal, Suíça, Estados Unidos, Canadá, Camarões, Nigéria e Tanzânia.
Durante a conferência de imprensa, a directora de programação do festival, Liliana Nzinga, informou que no dia 25 deste mês, às 10 horas, haverá um seminário, na Casa de Cultura Ubuntu sobre a “Política da produção e distribuição de filmes”, dirigido aos cineastas angolanos.
O júri é composto pelo actor Miguel Hurts, Francisco Keth e o realizador Nguxi dos Santos, na categoria de documentários. Fazem parte do festival três prémios para as várias categorias, nomeadamente “Kimpa Vita”, que vai premiar filmes sobre revolução, para consciencializar os africanos, baseando-se na figura de Kimpa Vita; “Kwanza”, que foi considerado pela organização o melhor prémio do festival, para o melhor filme de todas as categorias; e “Ndinga”, que será atribuído a um realizador de filme em língua africana, para incentivar os cineastas a produzirem filmes em línguas africanas.