FESTIVAL DE TEATRO PROMOVE GRUPOS EMERGENTES DE LUANDA
Um total de nove grupos e companhia de teatro da província de Luanda vai participar na quarta edição do Festival de Teatro denominado “120 Minutos de Romance”, que acontece de 24 a 26 de Fevereiro próximo, no edifício da Proffice, no Bairro Cassequel, no Distrito Urbano da Maianga, na capital do país.
Nesta edição, participam grupos dos municípios de Viana, Cazenga e Luanda. Dos já seleccionados destacam-se os grupos “Dois 100”, “Celeiros D’arte”, “União Vital”, “Samba- Y-Njila”, “Nelca Teatro”, “João Paulo II” e “Kimbimgabimga Teatro”, numa promoção do grupo União Cultural Teatral (UCT).
O secretário-geral do UCT e porta-voz do festival, Alberto Lourenço,disse, ontem, em declarações, ao Jornal de Angola, que a “festa do teatro” tem como objectivo exaltar o estilo romance dentro das artes cénicas, em especial no teatro, bem como homenagear actores que por intermédio da arte de representar formaram famílias e continuam a dedicar algum tempo para o crescimento do teatro no país.
O Festival, disse, é o único do formato romance a nível do país e já foram realizadas três edições. A primeira edição foi em Fevereiro de 2018, no Bairro Rocha Pinto, no Colégio AG. A segunda em 2020, no Elinga Teatro, na baixa de Luanda, enquanto a terceira edição aconteceu em 2022, no Bairro Golfe 2, no Centro Cultural Jabumba.
Há dois meses, ressaltou, o grupo UCT participou na quinta edição do Intercâmbio Internacional de Teatro, em Santa Teresa, no Brasil. Durante a estadia no Brasil o grupo angolano desenvolveu várias actividades culturais e artísticas, no âmbito do projecto “Intestes”.Segundo Alberto Lourenço, esse evento surgiu a partir de uma proposta pioneira, privilegiando a interacção e experiências culturais entre os grupos envolvidos, tendo destacado que da parceria foi possível fortalecer os laços entre os países por via das artes cénicas.
O grupo UCT, referiu, durante a estadia no Brasil participou nas oficinas sobre Iluminação Cénica e Gestão de Projectos Culturais. Os angolanos durante as oficinas realizaram exercícios sobre a técnica dos “200 Jogos” da autoria de Augusto Boal muito utilizada pelo Teatro do Oprimido.Alberto Lourenço enalteceu a iniciativa do projecto “Intestes” que permitiu aos brasileiros terem contacto directo com a realidade sociocultural do país. Durante a estadia, disse, a ideia foi juntamente com os contemporâneos brasileiros promover e trocar experiências com as comunidades locais sobre a história transatlântica dos afro-descendentes, principalmente dos angolanos levados das suas terras de origem para outros continentes.
A UCT existe há seis anos e tem vindo a contribuir para o desenvolvimento do teatro a nível nacional, com apresentação e produções de peças teatrais, seminários, cursos artísticos, “Café do Actor” e outras actividades artísticas.