MANUEL HOMEM DEFENDE MAIS VALORIZAÇÃO DO TEATRO NA 18ª EDIÇÃO DO FESTECA
O governador provincial de Luanda, Manuel Homem, disse, domingo, ser possível fortalecer a unidade nacional por intermédio do teatro e das artes. O governante falava na cerimónia de encerramento da 18ª edição do Festival Internacional de Teatro do Cazenga (FESTECA), que decorreu de 6 a 16 deste mês.
Na ocasião, o governador de Luanda disse que o FESTECA é um orgulho não só para os munícipes do Cazenga, mas para todo o país. “Muito obrigado ao Cazenga por ter mantido de forma resistente este evento, que tem servido de inspiração para muitos jovens”, declarou Manuel Homem.
“O Governo Provincial compromete-se em abraçar essa causa, esperamos que a próxima edição traga mais revelações, mais histórias, ensinamentos e que a cultura que nos une possa fortalecer o país e a nossa vontade de construirmos uma Angola capaz de forjar talentos”, reforçou.
O Festival, que decorreu de 6 a 16 deste mês, nas instalações do Centro de Animação Artística do Cazenga (ANIMARTE), sob o lema “Juventude, Arte e Cultura”, realizou-se num clima de amizade, harmonia, fraternidade artística e cultural.
Com um variado leque de actividades, a organização homenageou o Grupo Experimental de Teatro, da extinta Secretaria de Estado da Cultura, agremiação do final da década de 1970, constituída pelos primeiros construtores de teatro da República Popular de Angola.
Foram feitas, igualmente, 54 exibições, entre espectáculos, performances e filmes infantis, por trinta grupos e companhias de teatro, sendo seis do município do Cazenga, seis do município de Luanda, um do município de Belas, dois de Talatona e um grupo do Kilamba Kiaxi.
O Festival recebeu representantes das províncias do Cuanza-Sul , Huíla, Cuando Cubango, Benguela, Bié, Cabinda e Malanje, enquanto do estrangeiro participaram duas companhias de teatro, das quatro previstas, nomeadamente o grupo “Volva Teatro”, da República Democrática do Congo, e o JGM, de Portugal. Por motivos de calendário não escalaram Luanda as companhias de teatro do Brasil, que estará na capital angolana em Novembro, e de Cabo Verde, que tem agendada a vinda a Luanda no próximo ano.
A Festival acolheu ainda exercícios e performances protagonizados por grupos de teatro e de dança do círculo do Cazenga, Arco Íris, Sakiidila e Bocate.
Foram realizadas igualmente nesta XVIII edição do Festival do Cazenga duas sessões de cafés de teatro, que contou com a presença de mais de 80 artistas, e uma roda de conversa sobre teatro.
Durante o Festival foram também realizadas duas conversas, a primeira no dia 8 deste mês, orientada pelo actor Aron Lukamba, da República Democrática do Congo, que contou a sua experiência profissional e mostrou uma outra visão do teatro daquele país vizinho, e sobre a necessidade de aproximação dos artistas dos dois países.
A segunda conversa realizou-se no último sábado e foi orientada por João Garcia Miguel, director da companhia JGM, de Portugal, que abordou sobre a mobilidade dos artistas e sobre a necessidade de um intercâmbio mais activo e a favor das artes.
João Garcia Miguel falou, também, sobre o desenvolvimento da formação e a questão das línguas nacionais e a criação artística nacional a nível do continente.
Nas seis oficinas de teatro participaram 84 artistas, com uma carga horária de 20 horas.