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MUSEU REGIONAL DA HUÍLA ELEVADO A PATRIMÓNIO NACIONAL

 MUSEU REGIONAL DA HUÍLA ELEVADO A PATRIMÓNIO NACIONAL

A elevação do Museu Regional da Huíla a Património Histórico-cultural Nacional, vai atrair mais turistas à província.

O edifício onde funciona o Museu Regional da Huíla fica mais valorizado e vai atrair mais turistas à província com a elevação a Património Histórico-cultural Nacional, considerou o director provincial do Gabinete da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos, Osvaldo Lunda.

Trata-se do Decreto Executivo número 51/23, do Ministério da Cultura e Turismo, de 28 de Abril, que classifica a residência como património histórico-cultural nacional, por ser um edifício antigo, com história e uma arquitectura enquadrada na zona.

O edifício de habitação pertencia ao médico Arnaldo Correia que, tendo mudado de residência para Luanda, o doou à Câmara Municipal da então Sá da Bandeira (hoje Lubango), para fins científicos e culturais.

Posteriormente, o investigador da área das Ciências Sociais e professor Machado da Cruz pediu autorização ao então governador do distrito, o comandante Peixoto Correia, para a criação e abertura de um museu.

Com o objectivo de recolher, albergar, estudar e divulgar matérias do domínio paleontológico, arqueológico e etnográfico é então fundado em 1957, por Peixoto Correia, o Museu da Huíla, exercendo Machado da Cruz a função de primeiro conservador desta instituição. Em declarações à Angop, o director da Cultura afirmou que com o título, a infra-estrutura deixa de ser uma simples residência e passa a património cultural, que deve ser protegido por todos e depois, pelo seu factor histórico, vai atrair mais turistas e com isso obter benefícios financeiros.

Osvaldo Lunda declarou que existem no mundo movimentos de turistas com o objectivo de visitar patrimónios histórico-culturais e quanto mais tiverem a nível da província, maior número de excursionistas irão à Huíla.

“O nosso museu também tem a sua história. Temos estado a trabalhar para erguer um outro edifício para o seu funcionamento, pois o actual já não responde à demanda do acervo existente. Precisamos de um com maior dimensão para melhor acomodar as peças”, frisou.

A distinção, conforme a fonte, é uma continuação do trabalho que já têm feito, no âmbito das actividades dos monumentos e sítios, que se comprometeram a elevar o máximo de patrimónios existentes e já inventariados. Relatou terem outros edifícios que se encontram na lista de espera para a sua elevação, como a Capelinha da Nossa Senhora do Monte, o Colégio Paula Frassinetti, Roteiro dos Bóeres, entre outros, que estão num processo de melhoramento da informação existente. Fez saber que com esses edifícios e a vila de Cassinga, na Jamba, que foi elevada recentemente a Património Histórico de Guerra, sobe para 14 os monumentos e sítios classificados na província, onde existem outros 200 inventariados, abrindo aqui a intenção de elevar a património imaterial o tecido Samakaka, cujos estudos estão a ser feitos.

O Museu foi criado com várias secções, das quais duas entram logo em actividade. A  a primeira secção, de Etnografia portuguesa, possuía uma função exclusivamente educativa, pretendia mostrar e dar a conhecer aos filhos dos colonos nascidos em Angola, a cultura portuguesa.

A segunda, de Antropologia africana nos seus mais diversos domínios, foi criada com fins puramente científicos e de pesquisa, cujo objectivo era aprofundar conhecimentos acerca da região, desde o seu povoamento primitivo, tendo assim funcionando até à Independência Nacional, em 1975, data após à qual passou a designar-se Museu Regional da Huíla.    É o único Museu existente no Sul de Angola e alberga colecções provenientes não só da Huíla, mas também das províncias do Namibe, Cunene e Cuando Cubango, fruto de anos de recolha e pesquisa científica por toda a região Sul.

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