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“Paragone: What’s with mediums today?”

 “Paragone: What’s with mediums today?”

Luís Damião, René Tavares e Pedro Pires participam na exposição internacional de arte contemporânea, “Paragone: What’s with mediums today?” em Lisboa.

Luís Damião, René Tavares e Pedro Pires participam, a partir de sexta-feira até 20 de Agosto próximo, em Lisboa, na exposição internacional de arte contemporânea, denominada “Paragone: What’s with mediums today?”, frase que traduzida para a língua portuguesa significa “O que há com os médiuns hoje?”.

A mostra está inserida na Semana da Arte em Lisboa, que decorre desde ontem até 10 de Setembro, e vai estar aberta ao público em três diferentes pólos de exposição, nomeadamente no Centro Cultural Cabo Verde (interior da Embaixada de Cabo Verde em Portugal), no Museu da Água – Estação Elevatória a Vapor dos Barbadinhos e no Reservatório da Patriarcal, todos em Lisboa.

Além dos angolanos Luís Damião, René Tavares e Pedro Pires integram, ainda, a exposição outros artistas de 11 países, entre eles seis lusófonos. Com uma conjugação significativa de meios, as suas obras são provenientes de uma grande variedade de origens culturais e geográficas, nomeadamente de Angola, Brasil, Cabo Verde, Moçambique, São Tomé e Príncipe, República Democrática do Congo, Portugal, África do Sul, Nigéria, Argélia e Reino Unido.

Com curadoria de Graça Rodrigues, Sónia Ribeiro, Katherine Sirois e Gregório Barbosa, a exposição é organizada pela galeria luso-angolana This Is Not a White Cube, que responde, igualmente, pela produção e direcção artística.

“Paragone: What’s with mediums today?” constitui o terceiro capítulo de um projecto curatorial mais alargado da referida galeria de arte contemporânea, em curso desde 2019, centrado nos conceitos de materialidade e imaterialidade no campo da arte contemporânea, e apresenta uma reflexão muito particular sobre a noção de “médiuns” na prática artística actual.

A exposição conta com um programa de visitas guiadas para promover a redescoberta, em três paragens, de um património histórico desconhecido por muitos.

Segundo dados da organização, ela apresenta uma abordagem renovada da representação na arte contemporânea, e explora novas tendências para a construção de unidades independentes de ideias sobre a pureza do meio, numa abordagem em que questiona o sistema histórico de categorização e hierarquização das artes, sistema que parece cada vez mais desfasado dos tempos, nomeadamente no que diz respeito às normas canónicas.

Uma nota da galeria This Is Not a White Cube refere que a exposição desafia os critérios e juízos tradicionais de qualidade estética, expressando a pronunciada ambição filosófica de problematizar as práticas artísticas.

“Por meio da renovação e da desconstrução exploratória do debate ancestral sobre a classificação hierárquica das disciplinas artísticas no início da era moderna, a exposição de arte ‘Paragone’ revela como as fronteiras estabelecidas há muito tempo entre artes e ofícios estão se tornando eminentemente permeáveis”, explica o documento.

 ARCOlisboa

O acto inaugural da exposição integra o programa da ARCOLisboa 2023, um ponto de encontro de coleccionadores, proprietários de galerias, artistas e profissionais de vários países, a decorrer entre amanhã e domingo.

Esta 6ª edição irá acolher os conteúdos artísticos de galerias portuguesas e internacionais seleccionadas pela Comissão Organizadora e pelas equipas de curadores de diferentes secções.

A ARCOlisboa irá também promover as suas duas principais secções (África em Foco), com curadoria de Paula Nascimento e a participação de galerias do continente africano . A Opening Lisboa, com curadoria de Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas, dará espaço à investigação de novas linguagens e espaços artísticos, com o objectivo de atrair novos conteúdos e investigações para o certame.

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