SONA CONSTA DA LISTA DE BENS INDICADOS A PATRIMÓNIO IMATERIAL DA HUMANIDADE
O ministro da Cultura e Turismo, Filipe Zau, afirmou, terça-feira, no Palácio de Ferro, em Luanda, que o país orgulha-se em preservar uma extraordinária variedade de bens culturais de valor excepcional, nos quais integra o género musical semba, a dikanza (instrumento musical), a Bessangana (vestuário típico de Luanda) e o itinerário fluvial do Corredor Kwanza, classificados ontem a Património Nacional.
As declarações foram proferidas durante a cerimónia oficial da celebração do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assinalado ontem, cujo programa trouxe como ponto de destaque as intervenções do ministro, da directora do Instituto do Património Cultural, na abertura da mesa-redonda que abordou “A Salvaguarda do Património Cultural, Material e Imaterial em Angola”.
No seu discurso, Filipe Zau destacou que o Executivo não tem medido esforço para a preservação dessas riquezas culturais e históricas, para que possam vir a ser contempladas por gerações futuras. Dikanza e Bessangana.
“Precisamos preservar esses bens e diversidade de sítios que nos foram legados, assim como assinamos um compromisso de renovar todos os dias, procurando aliar os esforços do Executivo para a sua protecção com os actuais desafios do desenvolvimento sustentável”, sublinhou.
O governante revelou ainda que as mais de três centenas de bens classificados em todo o território nacional, bem como a recente entrega da candidatura dos Sona a Património Cultural Imaterial da Humanidade de 2023, são um bom exemplo da atenção e dos esforço empreendidos pelo Executivo na sua dedicação à preservação e promoção do património cultural e a superação dos problemas que ainda hoje o afectam.
“As várias intervenções de recuperação de edifícios públicos e privados qualificados como bem histórico-cultural nacional, as diversas acções de formação aos gestores do património, à população e a sistematização do processo de levantamento, inventário de bens possíveis de classificação, assegura esse comprometimento do Executivo”, destacou.
Filipe Zau apelou a população nas suas áreas de jurisdição sobre a apropriação dos valores culturais que lhes são intrínsecos para uma melhor protecção e salvarguarda dos bens culturais das suas localidades.
“A responsabilidade de conservar o acervo é de todos. Não devemos pensar que só o Executivo é que tem esse dever. Se todos fizermos o nosso papel, as gerações futuras vão beneficiar desses bens patrimoniais que as gerações mais idosas deixaram como herança”, exortou.
O governante revelou ainda que as comemorações do Dia Internacional dos Monumentos e Sítios, assenta, essencialmente, na necessidade de dar a conhecer o rico e vastos bens e lugares culturais, sendo que muitos deles não são ainda bem conhecidos como deveriam.
“Temos consciência de que dar a conhecer esses bens culturais, é sobretudo uma responsabilidade atribuída às entidades públicas e privadas, através de realizações de palestras, exposições temáticas, publicidades periódicas, como também pessoas, junto do seu universo familiar, na dinâmica escolar e académica e no grupo de amigos, bem como sensibilizar a sociedade para conhecer a riqueza dos bens culturais e naturais do país”, defendeu.