ÂNGELO TORRES NARRA AMÍLCAR CABRAL EM PEÇA DE TEATRO NO NAMIBE
O actor santomense considera-se um contador de histórias, embora seja mais conhecido no teatro, cinema e em telenovelas. Depois do Namibe, já está na Huíla para mais uma missão nos palcos de Angola.
A peça de teatro “Amílcar Geração”, monólogo com o actor santomense Ângelo Torres, foi bem recebida no fim-de-semana, no espaço ProArt, pelos habitantes da cidade do Namibe, litoral Sul do país.
Dois dias de exibição, sexta-feira e sábado, Ângelo Torres deram uma aula de história ao apresentar a peça, de acordo com o director do Projecto de Artes Para Todos (ProArt Namibe), Aurélio Ngulawa.
A peça narra a dimensão política, cultural e humana de Amílcar Cabral, o artífice das lutas pelas independências da Guiné-Bissau e Cabo Verde.
Em balanço, o director do ProArt, afirmou que, com o espectáculo, conseguiram notar a satisfação dos espectadores fruto do que pessoas ouviam falar sobre a personalidade de Amílcar Cabral, “e Ângelo Torres trouxe-nos uma lucidez, muito inteligente, daquilo que foi a vida e a obra de Amílcar Cabral”.
Rematou dizendo que foi notório, no decorrer dos espectáculos, a vontade de as pessoas desejarem interagir com o actor em palco.
Contou que, houve quem perguntou se o actor conviveu com Amílcar Cabral, porque o conteúdo da peça é recheada de muita informação, permite que o actor transporta ao palco tudo sobre os feitos e o pensamento desse nacionalista africano.
“Podemos dizer que o público do Namibe recebeu muito bem esse espectáculo, a par de ser um grande espectáculo, o público considerou uma verdadeira aula de história sobre Amílcar Cabral”.
Ângelo Torres está em Angola a convite da Kafukolo 5, que organiza uma digressão nacional denominada “Hemisfério Sul-Sul”, que o leva em quatro províncias, Namibe, Huíla, Benguela e Luanda.
O responsável do ProArt felicitou o actor e produtor Meirinho Mendes, director da Kafuloko 5, e mentor do projecto, como Ângelo Torres, á quem o público do Namibe pediu para representar outras peças para falar de Agostinho Neto e de outros nacionalistas africanos.
“Houve quem perguntou porque não pensar nas próximas peças, um monólogo que fale sobre a vida de Agostinho Neto”, realçou o director do ProArt.
Reconheceu que muitas pessoas se dirigiram para ver a peça porque ouviram que o actor participa em filmes e telenovelas, “acabou por ajudar a divulgar o espectáculo, com a imagem de Ângelo Torres, falou-se da participação dele em “A Única Mulher”, emitido pela Tv Zimbo.
A provar que o espectáculo constituiu numa “verdadeira aula de história”, segundo o director do ProArt, são as centenas de comentários (reacções) nas redes sociais, escritos dos habitantes da província do Namibe, “que louvaram iniciativa, e pedem que surjam mais espectáculos dessa dimensão técnica e conceptual”.