ANGOLA E PORTUGAL ABRILHANTAM PALCO DO CCB COM CRIATIVIDADE MUSICAL
O Centro de Conferências de Belas foi o palco do evento, que junta, anualmente, potencialidades da música angolana e portuguesa.
A intenção é fazer com que o público desfrute das vozes de cantores com tradição em fado e outros – angolanos – sem tradição ou carreira neste género musical.
O festival, que no país junta centenas de executantes e apreciadores de fado, serviu para a convivência artística entre músicos e diversas personalidades angolanas e portuguesas.
A noite ficou marcada porque os músicos, além de cantarem, encantaram os espectadores que, ao fim de cada canção interpretada, aplaudiram de forma prolongada.
Os artistas angolanos e portugueses partilharam várias vezes o palco. Ricardo Ribeiro e Cuca Roseta, Cuca Roseta com Camané, a cantora Pérola com Ricardo Ribeiro, entre outros cruzamentos vocais.
O Festival Caixa Fado é realizado pelo Banco Caixa Angola, e promove a universalidade da música, bem como fomenta o intercâmbio cultural, cuja língua portuguesa unifica Angola e Portugal.
Nesta edição, o evento serviu, também, para celebrar os 30 anos de existência da instituição, assinalado a 30 de Abril.
Bevy Jackson, que participou pela primeira vez, mostrou-se animada pela oportunidade de cantar para uma plateia de mais de 100 pessoas.
A artista foi a primeira a subir ao palco, por isso, contou que na ocasião surgiram muitos nervos.
“Não é fácil ser a primeira, de um festival que também participo pela primeira vez. Foi muita responsabilidade, mas com muito orgulho consegui actuar”.
Com satisfação, Bevy Jackson reconheceu que foi maravilhoso estar no palco. “Como sempre, para mim, todos os palcos são maravilhosos desde que o público entenda o que estamos a transmitir”, declarou.
A cantora contou, também, que o estilo fado, apesar de ser criado em Portugal, tem ganhado cada vez mais espaço no mercado angolano.
“Antigamente, seria a única, mas agora já estão a surgir outras vozes a cantar fado”, entretanto, a artista afirmou, que devem existir mais casas de espectáculos para promoção do fado em Angola.
Por outro lado, a fadista portuguesa Cuca Roseta disse que foi incrível participar na actividade, porque, a seu ver, o público angolano tem gostado cada vez mais do estilo musical
Esta foi a terceira vez a actuar no país, por isso, disse sentir-se grata por ter sido “bem recebida”. Além disso, foi a primeira vez que partilhou o palco com Toty Sa’Med, um cantor que muito admira, mas que, antes, nunca se tinham cruzado.