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ARTISTA MÁRCIA DIAS PRESTA TRIBUTO A ÓSCAR RIBAS EM SALÃO DE ARTE

 ARTISTA MÁRCIA DIAS PRESTA TRIBUTO A ÓSCAR RIBAS EM SALÃO DE ARTE

64ª edição do Salon Premier

A artista plástica Márcia Dias participa, de 3 a 8 de Abril, em Londres, no Reino Unido, na 64ª edição do Salon Premier, a decorrer sob o lema “Formas e Cores de Hoje”, com outros 70 artistas de 18 países, onde leva um quadro realista de Óscar Ribas.

Na exposição de carácter competitiva, que é realizada no âmbito da 109ª edição do Intercâmbio Cultural Internacional de Artes, no Espacio Gallery, a artista angolana radicada em Portugal vai prestar tributo a Óscar Ribas e promover a fundação da qual o escritor e etnógrafo angolano é patrono.

A artista vai apresentar um quadro inédito, com a imagem realista do escritor e etnólogo angolano, criado a óleo sobre tela, com 100 x 120 centímetros de dimensão.

Durante os cinco dias, Márcia Dias prometeu dar a conhecer ao mundo sobre Óscar Ribas, por forma a torná-lo mais conhecido e a expandir os seus feitos.

Em entrevista, ontem, ao Jornal de Angola, a pintora, radicada em Portugal, disse que vai aproveitar o momento para dar o pontapé de saída para, junto da Fundação Óscar Ribas, continuar a promover os feitos do fundador da ficção literária angolana.

“Estabeleci como objectivo, nessa minha participação, divulgar a Fundação, expandir e enaltecer além fronteiras o legado do patrono da fundação que deixou uma herança cultural enorme. Pretendo fazer renascer a imagem daquele que é considerado o maior vulto da intelectualidade angolana do século XX, um homem que transpôs as barreiras da deficiência visual e redescobriu a cultura angolana”, explicou, defendendo que o rico e vasto acervo deixado deve continuar a ser divulgado.

A artista disse que a organização deve reservar um momento para prestar uma homenagem a si pelos pela carreira.

Quanto a participação no certame, disse que encara com responsabilidade e motivação que se consubstancia na qualidade e nota positiva dos trabalhos que vem fazendo.

“Participar num concurso de arte é sempre uma responsabilidade, uma constatação da nossa ligação ao mundo social que nos rodeia. É sempre um reconhecimento, uma motivação para continuar e fazer sentir que estamos a fazer o certo quando se traz um reconhecimento por um determinado sector da mesma sociedade das nossas acções, neste especificamente do meu trabalho enquanto artista”, disse, acrescentando que o seu trabalho está completamente envolvido com a minha pessoa. “O caminho não acabou, segui-lo-ei enquanto me for possível fazê-lo”, rematou.

Márcia Dias destacou, ainda, o amor que nutre pela sua arte considerando ter a mesma dimensão ao amor que sente por Angola. “Sou feliz por poder dignificar estes dois mundos”.

A 64ª edição do Salon Premier é coordenada por Baroness Jiselda Salbu, também co-curado com Duart’s, tem, além da representante angolana, a participação de artistas da Albânia, Argentina, Áustria, Brasil, Bélgica, Congo, Chile, Escócia, França, Itália, Mali, Noruega, Paraguai, Peru, Portugal, Reino Unido, e da Ucrânia.

Márcia Dias soma, este ano, 20 de carreira, tempo que tem aproveitado para expor em diferentes em exposições, bienais e salões de arte da Europa e Dubai, onde as suas obras têm sido adquiridas por particulares.

Tem vindo a destacar-se na cena internacional, tendo sido premiada em diversas feiras de arte. Arrecadou recentemente o prémio Pincel de Ouro e Participação Brilhante aquando da sua participação no Salon International D’art-Louvre París, na Expo/2018, onde representou a bandeira de Angola. Conquistou, entre 90 concorrentes, a medalha de ouro numa exposição realizada no World Trade Center do Dubai.

Realizou recentemente, a convite da Realeza do Mónaco, um trabalho artístico, como pintora angolana.

Márcia Dias tem dado um considerável contributo à promoção da cultura angolana em Portugal quer como artista plástica, quer como directora cultural da Associação Casa de Angola, promovendo inúmeras acções culturais nas instalações daquela casa angolana.

Nascida em Luanda, Márcia Dias viveu dez anos na Suécia e está actualmente radicada em Lisboa onde reside há vinte anos. As suas fontes de inspiração são principalmente a cultura, as paisagens e as mulheres angolanas, e quando pinta, exprime pensamentos e sentimentos sobretudo ligados ao seu país natal, que procura projectar para o mundo inteiro, utilizando a luz e cores quentes, fortes e alegres, que lhe proporcionam liberdade para criar.

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