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CONTOS INSPIRADOS EM NETO VISTOS NO LIVRO “A IDADE DA MEMÓRIA”

 CONTOS INSPIRADOS EM NETO VISTOS NO LIVRO “A IDADE DA MEMÓRIA”

A Ideia da Memória

Contos infantis inspirados na poesia do primeiro Presidente de Angola e Fundador da Nação, Agostinho Neto, são destacados no livro “A Ideia da Memória”, numa co-autoria das escritoras Domingas Monte e Luísa Fresta, a ser apresentado, amanhã, às 16h00, na Biblioteca Municipal do Governo Provincial de Luanda.

Uma nota de imprensa da Mayamba Editora refere que o livro vai ser apresentado pelo o poeta e crítico literário Hélder Simbad. No documento, a editora explica que o livro é um enriquecimento e subsídios sobre a vida e obra do Poeta Maior.

Recordar Agostinho Neto, ressalta, é trazer à memória a pessoa, o estadista, o guerrilheiro, o médico, mas também o poeta e momentos sublimes da História de Angola.  “Foi esta personalidade carismática, e sobretudo a sua poesia, que incentivaram a imaginação e a escrita de Domingas Monte e de Luísa Fresta (autoras) para darem vida ao livro ‘A Idade da Memória’”, lê-se.

Júlio Pinto pincelou de cor e movimento, com as suas ilustrações, o livro que agora sai do prelo da Mayamba, cujo lema da editora é: “Ler é desvendar o Mundo!”.

Domingas Monte, pseudónimo literário de Domingas Henriques Monteiro, nasceu em 1982, na província do Uíge. É licenciada em Línguas e Literaturas Africanas, pela Universidade Agostinho Neto. Mestre em Estudos Literários Culturais e Interartes pela Faculdade de Letras da Universidade do Porto.

É actualmente a directora-geral do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas ( INICC) do Ministério da Cultura e Turismo. É docente da Faculdade de Humanidades da Universidade Agostinho Neto, desde 2011.

É presidente da Associação, “MweloWeto” (Nosso Portal). É autora dos livros “O Gelado de Múkua da Mamita”, “A Canção Kongo e Ovimbundu – Tradições e Identidades”, “O Sapo Azul” e “Kyese”, este último publicou, recentemente pela Mayamba Editora, em Julho do corrente ano. Leccionou na Faculdade de Humanidades, Artes, Educação e Formação de Professores, da Universidade Jean Piaget de Angola.

Domingas Monte é co-autora do romance interactivo “O Cruzeiro da Morte” e das antologias “Sonhos Sem Fronteiras” e “O Perfume”. Tem poemas publicados na colecção de crónicas e contos “El Dorado” e um conto na antologia de poesia e prosa “Arte de Viver”, ambos da Celeiro de Escritores do Brasil.

É Booktuber dos canais “Caminhos da Literatura – com Domingas Monte” e “Matabicho dos Pequenos”. Palestrante e formadora em “Leitura em Voz Alta” e “Escrita Criativa”. Domingas Monte concorda que nos dias de hoje as crianças estão a consumir muitos produtos culturais para adultos.

Porém, na sua perspectiva, a Literatura Infantil em Angola, não está em crise, porque tem havido muita produção, somente se precisa fazer chegar os livros às crianças e ensiná-las a compreender e a interpretar as obras, elevando-as num alto patamar, o que, de alguma forma, pode ajudar a modelar comportamentos e personalidades.

O primeiro livro infanto-juvenil que publicou chama-se “O Gelado de Múcua da Mamita”, em 2014. Resumidamente, fala de uma menina que cria laços de amizade com um imbondeiro que fala e que até lhe ensinou a grande receita do gelado de múcua que atraia muita gente à sua aldeia.”

No ano de 2018, Luísa Fresta, venceu a primeira edição do Prémio de Poesia no Feminino, “Um Bouquet de Rosas para Ti”, cuja designação do prémio foi inspirada no poema homónimo, “Um bouquet de Rosas para Ti”, do poeta Agostinho Neto, dedicado à esposa, Maria Eugénia Neto, escrito na cadeia da PIDE do Porto, no dia 8 de Março de 1955. O galardão é uma homenagem à esposa do Primeiro Presidente de Angola, celebra a mulher angolana, e, concomitantemente, o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, e foi instituído em Março de 2017, no âmbito dos projectos culturais do Memorial Dr. António Agostinho Neto.

A primeira edição, 2018, distinguiu a obra “Março entre Meridianos” de Muhatu, pseudónimo literário de Luísa Clara Cartaxo Fresta, avaliado em um milhão de kwanzas.

Luísa Fresta nasceu em Braga, Portugal, no dia 21 de Agosto de 1964. Viveu a maior parte da sua juventude em Angola, país com o qual mantém laços de cidadania e envolvimento cultural e familiar, estando radicada em Portugal desde 1993.  Publicou em 2012 e 2013 um conjunto de crónicas sobre as décadas de 1960 e 1980 da vida em Luanda, através do Jornal Cultura, Jornal Angolano de Artes e Letras, com o qual colaborou regularmente até 2015 e publicou, pontualmente, em diversas revistas on-line, com destaque para a “Literatas”, Moçambique, e as brasileiras, “O equador das coisas”, “Samizdat” e “Subversa”.

Escreve regularmente desde 2013 para o portal “o Gazeta”, coordenado por Germano Xavier e desde 2014, tem publicado, sobretudo poesia, no portal “Entrementes”- revista digital de cultura. Escreve, desde 2016, no jornal digital “Artes&Contextos”.  Sobre cinema, essencialmente africano lusófono e francófono, mantém participações episódicas através de artigos de opinião. Luísa Fresta tem publicadas as seguintes obras: “49 Passos/ Entre os limites e o Infinito”, poesia, pela Chiado Editora, em 2014, e “Contexturas”, contos baseados em quadros de Armanda Alves, co-autora, com a chancela dos “Livros de Ontem”, em 2017.

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