FILMES DA HUÍLA EM DESTAQUE NA TERCEIRA EDIÇÃO DO DOCLUANDA

Festival Internacional de Documentários de Luanda
Os documentários “Ondjélua – a Festa da Chuva”, de Eurico Pereira, e “Maria, uma Vida no Escuro”, de Delfino Ndalila, ambos produzidos na província da Huíla, foram selecionados para a competição nacional na terceira edição do Festival Internacional de Documentários de Luanda (DocLuanda). A abertura do festival ocorre hoje, às 19h00, no Cinemax Fortaleza, em Luanda.
A província da Huíla se destaca na terceira edição do DocLuanda com a seleção de dois documentários para a competição nacional. “Ondjélua – a Festa da Chuva”, de Eurico Pereira, e “Maria, uma Vida no Escuro”, de Delfino Ndalila, representarão a região no festival que inicia hoje no Cinemax Fortaleza.
Delfino Ndalila, residente no Lubango, descreve seu filme “Maria, uma Vida no Escuro” como um tocante relato sobre a vida de uma jovem que, aos quatro anos, contraiu uma deficiência que a deixou com paralisia nos membros superiores e inferiores. O filme mostra os esforços de seus pais para garantir que ela cresça emocionalmente saudável, apesar dos desafios.
Por outro lado, “Ondjélua – a Festa da Chuva”, vencedor do Unitel Angola Move no ano passado, é uma releitura do documentário “Ondjélua – a Festa do Boi Sagrado”, de Ruy Duarte de Carvalho, produzido em 1978. Filmado no município da Chibia, o documentário explora o ritual comunitário realizado em torno do boi sagrado para atrair chuva para a nova estação agrícola.
O DocLuanda, que decorre de 16 a 22 de maio, exibirá os filmes nas salas do Camões – Centro Cultural Português e no Cinemax Fortaleza. Além dos filmes da Huíla, a competição nacional inclui “Itanda” de Aneth Silva, “Os Reis do Leste” de Miguel Manuel, “Olha e Me Ouvirás” de Eltina Gaspar, e “A Journey to Self Love” de Henrique Sungo. Esses documentários concorrem ao Prémio Cidade de Luanda, patrocinado pelo Governo Provincial de Luanda.
O festival homenageará o cineasta António Ole por suas contribuições ao cinema angolano, celebrando sua vasta obra que inclui documentários como “O Ritmo do Ngola Ritmos” e “Carnaval da Vitória”.
Este ano, o DocLuanda lançou o Concurso de Apoio ao Desenvolvimento, oferecendo até cinco milhões de kwanzas por projeto. Além disso, o festival criou o Troféu Sarah Maldoror para homenagear figuras do cinema, sendo o cineasta Mariano Bartolomeu o laureado deste ano.
O festival dedicará uma sessão especial no Miradouro da Lua, Barra do Cuanza, em parceria com o Cine Zunga, exibindo o filme “O Miradouro da Lua”, primeira co-produção Angola-Portugal, que completa 31 anos.
Após Luanda, o DocLuanda terá uma mostra na cidade do Lubango, em agosto, durante as Festas de Nossa Senhora do Monte, em parceria com a APROCIMA, Cine Teatro Óscar Gil e a Direcção Provincial da Cultura, Turismo, Juventude e Desportos.