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GALERIA DO SEMBA DISTINGUE TONICHA MIRANDA E XABANU

 GALERIA DO SEMBA DISTINGUE TONICHA MIRANDA E XABANU

Os músicos e compositores Xabanu e Tonicha Miranda serão homenageados amanhã, a partir das 15h00, na Galeria do Semba, em Luanda, no âmbito do projecto “Um semba em cada canto”, que na última sexta-feira, na abertura, distinguiu o Rei da Música Angolana, Elias dya Kimuezu.

Tonicha Miranda e Xabanu são duas referências na composição musical com temas seus interpretados por cantores de várias gerações e estilos, mas ambos têm o semba como derivações das criações artísticas. Amanhã, na homenagem, os dois soltarão a voz em alguns destes temas, com o suporte instrumental da Banda Duia, parceira da Galeria do Semba.

 Tonicha Miranda tem vindo a destacar-se nos últimos anos na feitura de composições para  o grupo carnavalesco União Mundo da Ilha, tendo sido sempre bem sucedida. Filha do primeiro presidente deste grupo, António Miranda e de Mariana Pataca, lavadeira e dançarina dos Novatos da Ilha, Tonicha Miranda desde muito cedo entrou nos ambientes artísticos.

Em 1992, participou nos coros de temas do percussionista e compositor, Galiano Neto e passou a ser conhecida fora da Ilha de Luanda, numa fase onde entre 1990 e 1994 foi vocalista dos Congas.  Foi bem-sucedida em concursos como Nação Coragem, Prémio da Canção Cidade de Luanda, Gala à Sexta-Feira, Festival da Canção da LAC e outros. Tem a obra discográfica “No Feminino” e participou no álbum “Geração do Semba” projecto colaborativo com Calabeto e Malu. Ângela Ferrão recorreu a Tonicha Miranda em “Ngongo Ia Bilula”, Zeca Moreno em “Amigo é Abrigo”, Kueno Aionda em “Kondiongo”, Carlos Burity em “Keniahenda”, e Sara Dem em “Amori Iami”.

José Martins de Jesus “Xabanu” sempre esteve próximo a grupos como Ngola Ritmo, Anazanga, Dimba Ngola, Kiezos, assim como de referências como Luís Visconde, Óscar Neves e Elias dya Kimuezu,  actualmente, é um dos membros do painel do programa radiofónico “Poeira no Quintal”. Xabanu é um dos monstros da composição, foi nas noites do sunguilar em Cabiri, Icolo e Bengo onde tomou contacto com os ritmos e a sabedoria do campo, também absorveu muito do Carnaval, pertenceu a Turma Caravana do Carnaval do Rangel, em 1962. Urbano de Castro em “Fim do Boi”, Patrícia Faria em “Nzaji”, Óscar Neves em “Matulão Cara de Cão”, Voto Gonçalves em “Zakaumba”, Zeca Moreno em “Madiquinha” e Carlos Burity em “Ginconça do Macaco”, “Kimbangula”, “Felela” e “Santo António”.

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