HUAMBO: ARTISTAS CHAMADOS A DIVULGAR O FOLCLORE
O chefe do Departamento da Acção Cultural, Pascoal Pedro Nhanga, exortou, sábado, no Huambo, aos fazedores do estilo de música folclórica a serem cada vez mais unidos e os primeiros a valorizar e divulgar o género musical nas novas gerações, tendo em conta o pendor cultural e tradicional.
Pascoal Pedro Nhanga, que falava durante uma mesa-redonda sobre o tema “Valorização, preservação, fomento e massificação da música folclórica”, que decorreu na Biblioteca Provincial do Huambo, em alusivo ao Dia Mundial da Música, defendeu a necessidade de se educar os cidadãos no resgate e preservação dos valores tradicionais, evitando o risco de perda da riqueza cultural.
A música folclórica, disse, é um estilo tradicional, oral, cantado na língua nacional e que retrata as vivências históricas e heranças deixadas pelos antepassados, que devem ser protegidas pelas gerações, cooperando para a sua exaltação.
Assegurou que o género musical, com realce para o Onhatcho, Olundongo e Sawaiya constituem, segundo o chefe do Departamento da Acção Cultural local, uma grande referência e riqueza imaterial que está a resistir há longos anos a nível da região do Planalto Central, sendo de consumo internacional.
As músicas dos artistas Viñgiñgi, Handanga, Bessa Teixeira e Picantes são estilos folclóricos e tradicionais consumidos a nível mundial, que têm na sua essência a valorização e preservação da nossa identidade cultural.
Pascoal Pedro Nhanga aconselhou a juventude no sentido de dar continuidade de transmissão e massificação da música, considerada identidade histórica da nossa riqueza cultural com acções que visam garantir a estabilidade da cultura tradicional, por um lado.
Por outro, a secretária provincial da Associação da Música Folclórica, Isabel Jepele “Mamã Jepele”, assegurou que existe, hoje, nas comunidades rurais interesse de muitos jovens em fazer música do género folclórico e, por via disto, recuperar os traços culturais, mas a falta de incentivo e apoios leva com que os mesmos se retraiam desta prática.
Mamã Jepele explicou que o estilo carrega inúmeros significados e valores culturais da região, que, quando tocado, se pode ouvir ritmos de diversos instrumentos musicais usados como batuque, ombumbumba, mussa, otchingunfu, olosangu e olumbendo.