Rádio Muzangala

IMBONDEIRO DE BÊNÇÃO E MALDIÇÃO FIGURA ENTRE OS MONUMENTOS E SÍTIOS

“Chicumbi” é um dos rituais tradicionais das populações de Cabinda praticados em ambientes familiares, sendo popularmente conhecido como “casa das tinta”, cuja génese remonta dos primórdios do Século XVIII.

O ritual tem sido praticado, principalmente, pelos habitantes da zona centro e sul da província, que preservam religiosamente a “chicumbi”, até nos dias de hoje, devido ao impacto notável na vida das pessoas.

A cerimónia “Chicumbi” tem como finalidade permitir a uma jovem mulher, quando atinge a fase da puberdade, de namorar ou contrair matrimónio (casar).

As mulheres incumpridoras, e que optam de forma deliberada na prática de actos sexuais ou mesmo engravidar, é considerada infractora, assim como o parceiro, sendo ambos coagidos a dançarem despidos a frente dos familiares e anciãos tradicionais na aldeia do Tchizo, uma localidade considerada como guardiã do poder tradicional cabindense.

“Mbitikia” é a designação da dança de castigo, em que o casal infractor pratica totalmente despidos, perante uma assistência pública, para além de envolver custos financeiros, para desencorajar os jovens em aderir ao envolvimento sexual sem passarem pela “chicumbi”, ritual que confere autonomia para os adolescentes namorarem ou engravidar.

Além da “casa de tinta” (ritual chicumbi), existem outros  praticados, embora alguns, pelo contexto da globalização, perdem impacto reduzindo a regularidade dos praticantes, como a “bênção tradicional” e o ritual “zimbau”.

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