INSCRIÇÕES PARA CURSOS DE ARTE ENCERRAM HOJE
As inscrições para os cursos de médios de Artes Plásticas, Cinema, Dança, Música e Teatro, no Complexo das Escolas de Arte (CEARTE), encerram hoje, às 16 horas.
São mais de 300 vagas disponíveis para os cursos artísticos e pedagógicos, permitindo que os técnicos médios formados tenham como opções profissionais seguir uma carreira artística ou pedagógica – sendo professor – do ensino geral, após a conclusão da formação, durante quatro anos.
Além dos cursos médios, o CEARTE lecciona cursos básicos. De acordo com o subdirector pedagógico, segundo Gaspar Agostinho Neto, a preferência dos formandos tem sido, geralmente, a área de Artes Plásticas, em que as opções de especialidade recaem, principalmente, para pintura, escultura, cerâmica, design e EVP. Segue-se a área de Música, que foi a primeira a abrir os cursos básicos, para 7ª classe e as áreas de Teatro, Dança e Cinema, vêm a seguir.
A que menos afluência regista nas inscrições tem sido o curso de Cinema, pelo facto de abrir nos últimos três anos ao contrário dos outros cursos, o que vai permitir que, no ano lectivo que abre em Setembro, frequentem, pela primeira vez, os finalistas na área de Cinema.
Sobre os constrangimentos, o subdirector pedagógico referiu a existência de diversas situações poucos abonatórias, “que imperam o funcionamento da instituição, por que até agora não é orçamentada, e quebra o ritmo da nossa perspectiva. Temos um internato que até agora não funciona, a espera de concurso público para admissão de pessoal, isso cria um défice para a estabilidade da nossa instituição”.
O acesso tem sido o calcanhar de Aquiles para todos, docentes, discentes e administrativos, porque a instituição está localizada atrás do condomínio Acácias Rubras, no Talatona, sem rotas de transportes públicos nem táxis. As moto-taxis têm sido a solução, os assaltos avolumam-se quase diariamente à luz do dia, e para contradizer a direcção adoptou um horário único.
A nível da legislação reconheceu lacunas que dificultam a elaboração de um único sistema de ensino artístico no país, desde a base ao topo, ao invés de se permanecer em que cada um faça algo de maneira isolada, tanto no ensino geral, quanto no superior, pelo que advoga: “Temos de nos juntar para fazermos o perfil adequado – da base ao topo – daquilo que deve ser o Subsistema de Educação Artística em Angola”.