MUSEU DE ARQUEOLOGIA QUER ASSUMIR TAREFAS PEDAGÓGICAS E DE PESQUISA
O Museu Nacional de Arqueologia de Benguela pode assumir uma posição forte, com tarefas pedagógicas na área de investigação, estabelecendo parcerias com outras instituições museológicas do mundo.
Quem o diz é a directora daquele museu, Maria Helena Benjamim, que afirmou que, desde a sua fundação, o Museu Nacional de Arqueologia de Benguela tem feito isso, visando contribuir para a prática da arqueologia a nível do mundo.
Segundo a responsável, o que hoje é património local e nacional tem impacto incontornável na arena internacional, sublinhando que a própria história do museu é a prova disso.
“Por outro lado, se o antigo edifício da ex-alfândega em si convoca visitantes, o edifício requalificado pretende nesta contemporaneidade ser local de passagem, de paragem e de investigação para as novas gerações locais, nacionais e internacionais”, frisou.
A directora justificou que a sustentabilidade assenta no pensar e agir em conformidade com o que está por vir de “nós e em nós”, justificando que a missão do Museu Nacional de Arqueologia de Benguela se renova e aprimora, sendo uma instituição que assume imperativos pedagógicos a todos os níveis e em diferentes sectores da sociedade, como comprovam os “nossos” acolhimentos e políticas de intercâmbio e de mobilidade.
Maria Helena Benjamim esclareceu que a mesma pedagogia que oferecem a quem de “nós se cerca tem de servir o capital humano de quem constitui o Museu Nacional de Arqueologia de Benguela”.
A investigação arqueológica, reconheceu, requer pessoas “altamente qualificadas”, académica e humanamente, como investigadores – pensadores, executantes e investigadores – criadores capazes de atrair e motivar o comum cidadão em saber bem-fazer. “As agendas internacionais que todos formal e ou informalmente seguimos informam-nos que são quatro os pilares de desenvolvimento sustentável, por esta ordem, o económico, o social, o ambiental e o cultural”, referiu Maria Helena Benjamim, que reconheceu que o Museu Nacional de Arqueologia de Benguela lançou-se num desafio de inversão desta ordenação estabelecida, começando por enfatizar o pilar cultural, no qual estão contidas as culturas académicas, as cosmovisões, as tecnologias e as manifestações estético-expressivas.