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PALÁCIO DE FERRO ACOLHE ESPECTÁCULO “MWIMBU PLAGGED”

 PALÁCIO DE FERRO ACOLHE ESPECTÁCULO “MWIMBU PLAGGED”

Artistas participam no Mwimbu Plagged, no Palácio de Ferro

Filipe Mukenga, Dodó Miranda, Totó ST, Anabela Aya, Angela Ferrão, Carlos Praia, Jennifer Tavira, Gari Sinedima, Unekka, Aylasa, John Canga e Nell Jazz são os artistas que vão participar, sábado e domingo, no Mwimbu Plagged, no Palácio de Ferro.

Uma produção da ONART, o Mwimbu Plagged tem o slogan “Celebração do diálogo rítmico-estético entre os instrumentos ancestrais angolanos e modernos” e terá o suporte de Omar Gross (bateria), Fanuel (baixo), Frigol (percussão), Jorge Mulumba (dikanza), Dimil Tonico (guitarra), Necas (guitarra), Roland (teclado), Tanny Sax (saxofone), Ginzamba Justino (marimba), Angélica Bulungo (coro) e Teidey Cawiss (coro).

Segundo a nota conceptual, o projecto “Mwimbu Plagged” nasce da necessidade de promover a leitura resultante do diálogo entre os ritmos produzidos por instrumentos musicais ancestrais angolanos e modernos.

A iniciativa propõe ser uma plataforma de pesquisa e de experimentação das rítmicas originais e híbridas sem prejuízo da matriz identitária de cada elemento de entrosamento estético.

Angola, em particular, e África, no geral, continuam a ser detentoras de um manifesto diverso e rico, quer seja do ponto de vista da produção de instrumentos quer de produção rítmica, valências que podem contribuir por um lado para reforçar a afirmação identitária e, por outro, para fundamentação do diferencial dos artistas angolanos e africanos no plano internacional.

Por outro lado, tendo em conta a origem, história e a filosofia do jazz, que transcende a perspectiva artística e atravessa um “modus vivendi” transversal da essência de algumas comunidades, pensamos ser um dos lençóis através do qual poder-se-á introduzir elementos rítmicos intrínsecos à sua construção, desde os primórdios do género musical vincadamente enraizado no continente-berço da humanidade.

A escolha do nome celebra em si também o conceito de interacção, ainda que linguística, por sinal um importante elemento cultural e musical, permitindo a seguinte junção: Mwimbu, sinónimo de música (ritmo ou som) na língua kimbundu, do grupo etno-linguístico ambundu e Plagged, sinónimo junção ou conexão na língua inglesa, resultando em Mwimbu Plagged, conexão musical rítmica.

O FENACULT, edição 2022 enquadra-se nas celebrações do centenário de Agostinho Neto, por seu lado, o projecto Mwimbo Plagged representa o manifesto que corporiza a evocação poética do discurso em “Havemos de Voltar”, com ênfase à estrofe “à marimba e ao kissange, havemos de voltar”, sintetizando dessa forma a importância do regresso às origens, não como contraponto à modernidade, mas sim, como complemento de valor de uso e de troca.

Para esta primeira sessão do concerto, além dos elementos contemporâneos do jazz, serão introduzidos instrumentos ancestrais angolanos, designadamente a marimba, a dikanza e outros instrumentos de percussão ligeira, que vão servir como novos ingredientes adicionados ao compasso do jazz.

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