TANZÂNIA SUBMETE FILME AOS ÓSCARES 20 ANOS DEPOIS
Vinte anos depois da primeira aparição da Tanzânia nos Óscares, na categoria de Melhor Filme Estrangeiro, com o título Maangamizi: The Ancient One, a primeira longa-metragem africana nomeada para os Prémios da Academia, agora é a vez do filme, Vuta N’kuvute, colocar o país de novo no mapa cinematográfico internacional.
“O futuro do cinema Tanzaniano finalmente está nas nossas mãos. Uma onda de realizadores Swaíli está a crescer todos os dias com orgulho, com inteligência e com ousadia”, escreveu o co-produtor do filme, Amil Shivji, no Instagram.
Vuta N’kuvute, escrito em Swaíli, mas que traduzido à letra em português poderá ter vários significados desde “dura luta”, a “árdua batalha” ou até mesmo a “luta difícil”, surge para o público anglófono com o título “Tug of War”, que também pode ser interpretado de várias maneiras, entre as quais como um “braço de ferro”.
O filme lançado em 2021, já foi reconhecido como o primeiro a ter sido apresentado nos ecrãs do Festival Internacional de Toronto, em Setembro daquele ano.
O elenco é composto maioritariamente por africanos e conta a história de uma jovem mulher natural do Zanzibar com origem indiana, Yasmin, que está para casar e que conhece a meio da noite um jovem soldado revolucionário que luta contra a opressão colonial inglesa, Denge, que também é natural do mesmo lugar.
De acordo com a Africanews, o romance brota num contexto político de revolta contra o domínio e a subjugação do Zanzibar ao império britânico.
Além da submissão de Vuta N’kuvute para a 95.ª edição dos Prémios da Academia, na categoria de Melhor Filme Internacional, também estão representados mais filmes africanos, é o caso da entrada da Argélia, com “Nos Frangins” – Our Brothers em inglês e da entrada do Uganda, com Tembele.