UNIÃO EUROPEIA FINANCIA PROJECTO DE DIVULGAÇÃO
Um total de 35 mil euros é o valor disponibilizado pela União Europeia (UE), através do Banco Mundial, para a implementação do projecto de digitalização das músicas tradicionais tchokwe, visando a sua valorização, preservação e divulgação.
O projecto apresentado, quinta-feira, será executado em dois anos e contempla a reprodução das músicas de fitas magnéticas para os vários dispositivos, pesquisa, gravação e recolha de repertórios, criação de uma escola de dança, música tradicional e precursão.
De acordo com o coordenador do projecto, David Lotz, a escola, a ser criada em Dezembro do ano em curso, vai inscrever 50 alunos, numa primeira fase, com idades compreendidas entre os 12 e os 17 anos.
Disse que perspectiva-se implementar cursos de fabrico de instrumentos musicais tradicionais, como ngoma (batuque), acrescentando que actualmente decorre um trabalho de recolha de músicas tradicionais locais.
Anunciou que uma organização estrangeira poderá fazer uma doação, brevemente, ao Museu do Dundo, de um material contendo algumas músicas do povo da região Leste, que contempla as províncias da Lunda-Norte, Lunda-Sul e Moxico.
Disse que o projecto contará com o apoio do Museu Regional do Dundo, por possuir uma colectânea do acervo musical da região leste, com um total de 11 fitas magnéticas, produzidas pela então Diamang, sendo a primeira, em 1961, e a segunda, em 1967, que, na altura, não foi possível reproduzir, por falta de equipamentos adequados.
As danças tchianda, tchissela, kalukuta, kandowa, makhopo, maringa, kandjendje, likembe, canga, kasebu, entre outras, apoiadas por uma variedade de instrumentos musicais tradicionais, como o Ngoma (tambores/batuque), thcingunvu, ndjimba, tchissanje, muiyemba, usadas em rituais, recepção de visitantes e entronização de chefes tradicionais, dominam o folclore da região.